sábado, 29 de agosto de 2009

O QUE ELES DIZEM

O elogio de Sócrates
Inesperadamente, o maior elogio ao trabalho de Sócrates veio de onde e de quem menos se esperava, do PSD e de Manuela Ferreira Leite, como se isso fosse pouco esse eleogio tem como título “programa eleitoral do PSD”. Exceptuando as banalidade habituais de alguma direita portuguesa que ainda anda em busca de referenciais ideológicos, como a “treta” do Estado asfixiante, o programa eleitoral acaba por reconhecer o sucesso das políticas do governo.
Se o estado do país fosse aquele que o governo do PS encontrou Manuela Ferreira Leite não poderia fazer propostas de reduções de impostas, mesmo que se saiba que não são para cumprir. Com um défice de 6%, uma economia desorientada e os portugueses entretids a fazerem anedotas sobre Santana em vez de pensarem no país, Ferreira Leite estaria a prometer o reequilíbrio das contas públicas e dizendo com aquele ar de Margaret Teacher da Marmeleira que não haviam condições para reduzir impostos.
Se Ferreira Leite pode dispensar receitas fiscais acabando com o pagamento especial por conta, reduzir impostos e retardar a cobrança do IVA isso só é possível porque as contas públicas estão mais equilibradas do que tem dito e, mais ainda, mais transparentes do que tem insinuado.
Se a Segurança Social estivesse no Estado em que o seu governo a deixou, se em vez de tranquilidade os portugueses estivessem aterrorizados com o risco de falência do sistema como estavam nos tempos em que Ferreira Leite era ministra das Finanças, o PSD nunca poderia falar agora na sua privatização, esse passo não seria viável numa situação de falência técnica do sistema.
Se o sistema de segurança social estivesse quase falido como sucedia no passado recente como poderia agora o programa do PSD prometer a redução da taxa social única?
Estas são as grandes medidas propostas pelo programa do PSD, o resto são banalidades ideológicas ou promessas de circunstância. No essencial o programa do PSD é o maior elogio que Sócrates recebeu desde que tomou posse como primeiro-ministro.

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