domingo, 28 de outubro de 2012

Não gosto da palavra refundação, mas já que foi usada pelo primeiro-ministro, aqui ficam algumas das primeiras ideias que me ocorrem sobre o assunto:
1) Passos Coelho demite-se de primeiro-ministro e permite uma solução diferente no âmbito parlamentar. Essa solução deve incluir personalidades do (ou da área do) PS; o primeiro-ministro deve ser uma personalidade consensual entre PSD, PS e CDS;
2) O Parlamento assume (pode neste momento) poderes de revisão constitucional;
3) PS, PSD e CDS trabalham numa revisão constitucional que, por exemplo, defina com maior clareza as obrigações sociais do Estado e os seus limites; ao mesmo tempo, em sede de comissões parlamentares e em conjunto com o Governo e a troika, definem-se o número das autarquias (já para as eleições de 2013), as delimitações entre os setores público e privado, além de uma série de outras leis estruturantes que necessitam de apoio alargado;
4) Na data prevista, em 2015, haveria eleições já com base na nova Constituição e novas leis (incluindo leis eleitorais).
Ninguém quer isto? Se calhar não. Continuaremos - para citar Camões - nesta "austera, apagada e vil tristeza".

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