segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Em tempos de crise, nada como dar umas boas gargalhadas. E ontem, ao abrir o Facebook, foi o que fiz quando deparei com um esquema infalível para sabermos se o Presidente da República estará bom. A frase, que me fez soltar o riso, tinha sido escrita pelo meu amigo e ex-camarada jornalista no Expresso António Costa Santos: "Já sei. Vou pôr-lhe um bolo-rei do continente na soleira do palácio. Se aparecer ratado é porque está vivo".
Passe o humor, que é necessário, é verdade que ninguém sabe do professor Cavaco (ia a dizer que está calado que nem um rato, mas a frase conjugada com a de António Costa Santos prestava-se a interpretações erradas). Ontem mesmo, Marcelo Rebelo de Sousa comentou o facto dizendo que o PR faz muito bem em se manter em silêncio: não tem de dizer nada, pois ninguém sabe o que pretende o Governo, disse Marcelo que acrescentou que andamos todos a comentar o nada, o zero.
Pois talvez seja verdade, mas o professor Cavaco foi eleito Presidente da República. A ideia não era que ele comentasse; a ideia era que ele agisse. E agir não significa ter de falar muito, mas menos ainda ir a reboque do Governo, ou fazer o que o Governo quer. Agir, para um Presidente da República, eleito for sufrágio universal e que, em Portugal, é o garante do regular funcionamento das instituições, significa também sinalizar a quem o elegeu que está atento, que tem ideias, que procura soluções.
Não vemos nada disso. Não temos, sequer, provas de vida. E como não podemos pôr o bolo-rei na soleira do palácio, resta-nos esperar... Quem for crente, também pode rezar para que Deus (ou Aquele em quem crê) o ilumine.

Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro



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