sexta-feira, 19 de julho de 2013

António Costa considerou ontem que o acordo de salvação nacional só faria sentido se fosse para renegociar o memorando.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa classificou ontem de "absurda" a situação criada em torno das negociações para o acordo de salvação nacional, considerando "milagroso" um eventual acordo.

Durante a sua intervenção no programa da SIC Notícias "Quadratura do Círculo", António Costa criticou Cavaco Silva por ter colocado o Governo numa situação "de dissolução a prazo" ao impor eleições antecipadas após Junho de 2014. O socialista frisou que o acordo que está a ser negociado devia ter por ponto de partida a renegociação do memorando, o que não acontece, e frisou que o PS devia ter apresentado esta agenda.

"Ou os partidos prometeram alguma coisa ao Presidente da República que permitiu a este fazer este desafio, ou o Presidente da República tem uma solução na manga e está a comprometer politicamente os partidos, condenando-os ao fracasso, e aqui havia alguma racionalidade, ou os partidos vão ser capazes de fazer ainda um acordo milagroso que ninguém acredita que sejam capazes de fazer", disse António Costa, que é crítico da participação do PS nas negociações com a maioria nos moldes em que tem decorrido.

António Costa pediu um "esclarecimento rápido" e deixou uma questão a Seguro: "Que prémio é que o PS vê aqui?".

O líder socialista tem sido pressionado por vários socialistas - incluindo a elite do partido - a não assinar o compromisso de salvação nacional. Manuel Alegre e Mário Soares foram dois dos históricos que se opuseram às negociações, com o ex-presidente da República a ameaçar mesmo com uma cisão no partido. Hoje, na sua crónica no Diário Económico, o ex-ministro do PS Pedro Silva Pereira diz também que "a viabilização do actual Governo e uma adesão do PS às medidas de austeridade negociadas com a 'Troika' à sua revelia implicaria neutralizar o PS como partido da oposição.

É O TAL DOIS EM UM QUE A DIRECÇÃO DO PS NÃO CONSIDEROU?
SEGURO DEVE OLHAR PARA OS SOCIALISTAS DA GRÉCIA, DE FRANÇA, DE ESPANHA, DA ALEMANHA E POR AÍ FORA. FORAM DESTRUIDOS POR ACREDITAREM EM MILAGRES DA TROIKA. O NEOLIBERALISMO NÃO DIZ AO QUE VEM. EXECUTA NA PERFEIÇÃO. DESACREDITA OS POLITICOS DESDE 1980, ENFRAQUECE A DEMOCRACIA E DESTROI O ESTADO SOCIAL EM BENEFICIO DOS MERCADOS FINANCEIROS, SEM DÓ NEM PIEDADE.

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