quarta-feira, 31 de julho de 2013



Ministra das Finanças é o "elo mais fraco", diz Rui Rio

Em entrevista à RTP1, Rui Rio lamentou os "erros primários nestes dois anos" de Governo, a começar pelo "disparate completo" da criação de superministérios, "em nome da demagogia".
Lusa
Rui Rio na noite das autárquicas de 2009 Rui Rio na noite das autárquicas de 2009
O presidente da Câmara portuense defendeu hoje que alguém "que não diz a verdade toda" no Parlamento não deve ser ministra das Finanças e considerou a governante como o "elo mais fraco" e "uma pedra no sapato" do Governo.
"Se vivêssemos numa democracia adulta, uma pessoa que não diz a verdade toda, e pelo menos isso é certo que ela fez, não devia ocupar o cargo (...). O Governo tem um problema neste momento. É uma pena ter aquela pedra no sapato", frisou o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, em entrevista hoje à noite à RTP1.
Recusando avaliar se a ministra mentiu no caso dos contratos 'swap', Rui Rio vincou que a experiência que tem e a avaliação que faz às "capacidades" da governante "é muito má", defendendo que, "se fosse primeiro-ministro", Maria Luís Albuquerque "evidentemente não seria ministra das Finanças".
O também presidente da Junta Metropolitana do Porto revelou que esta entidade alertou Maria Luís Albuquerque para os contratos 'swap' na empresa do Metro do Porto e que ela, "pura e simplesmente", não respondeu.
Quanto ao Governo, Rui Rio lamentou os "erros primários nestes dois anos", a começar pelo "disparate completo" da criação de superministérios, "em nome da demagogia".

Reforço do CDS é culpa da ministra 


"O erro está corrigido, mas o elo mais fraco é este erro com a ministra das Finanças", vincou. Até o "reforço do CDS-PP" na recente remodelação governamental é, para Rio, culpa da ministra.
"É o preço que o Governo pagou por manter a ministra das Finanças", observou. Questionado sobre se o executivo tem condições para se manter durante mais dois anos, o autarca sustentou que "vai depender do mérito do Governo", mas afirmou que o mesmo tem agora "mais hipóteses do que há dois meses".
Rui Rio destacou o papel do Presidente da República na gestão da crise política, porque a forma como a geriu "criou condições mais favoráveis ao país". O autarca social-democrata revelou que apenas "qualquer coisa transcendente e importante para o país pode alterar por completo" a programação de vida "fora da política" desenhada para depois das autárquicas, quando termina o mandato de 12 anos na Câmara do Porto."
A minha programação de vida é sair para uma atividade ligada à minha profissão de economista. Estou à procura de uma saída profissional fora da política", adiantou.

Assobios para a troika 


Quanto aos mercados, que "há dois anos" colocaram Portugal "no lixo", Rio nota que agora aplaudem o país dizendo que está no bom caminho mas "a situação ainda é pior".
"Batem-nos palmas porque tivemos um Governo que teve coragem de tomar medidas duras e uma população que teve capacidade de as sofrer quase em silêncio", observou.
Para Rui Rio, "os assobios são mais para a troika, que impõe ao Governo mais do que devia".
O social-democrata sustentou que o crescimento económico do país depende da sua capacidade de "exportar mais" e apontou como "pedra de toque" o investimento estrangeiro que é preciso promover, "com um pacote eficaz de medidas amigas do investimento".
 
 
DUAS MENSAGENS DEMOLIDORAS PARA O GOVERNO E PARA O CANDIDATO AO PORTO. TUDO BOA GENTE.
 
 

Sem comentários: