sábado, 27 de julho de 2013

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou sexta-feira a um acordo e convergência de objetivos com o PS, para além da atual legislatura

O secretário-geral do PS criticou hoje o desafio do primeiro-ministro para um compromisso de “união nacional”, afirmando que o país precisa "menos de palavras e mais de ação", ao recordar os dois anos de Governo.
"Eu considero que o nosso país precisa menos de palavras e mais de ação. E quem apela à união tem de se recordar do que fez durante dois anos: desunir os portugueses, criar pobreza, criar miséria e criar desemprego", disse António José Seguro, questionado em Viana do Castelo pelos jornalistas.
"Confesso que não gostei da expressão, união nacional, porque ela está associada a um dos piores períodos da história do nosso país", sublinhou.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou sexta-feira a um acordo e convergência de objetivos com o PS, para além da atual legislatura.
"Desde que tenhamos os pés assentes na terra e sejamos realistas - quer dizer, não comecemos a estabelecer objetivos que estão manifestamente para além daquilo que as condições nos permitem -, então é possível vencer e ultrapassar obstáculos e conseguir um clima de união nacional, não é de unidade nacional, é de união nacional, que permita essa convergência", disse Passos Coelho, discursando em Pombal na sessão solene de abertura das Festas do Bodo.
O primeiro-ministro sublinhou que o atual quadro fiscal, que classificou de "adverso às empresas", necessita de ser melhorado.
Já António José Seguro colocou o diálogo na base da discussão parlamentar.
"Uma coisa é dialogar, outra coisa é encontrar soluções concretas. Aquilo que nós apresentamos são propostas concretas no âmbito parlamentar, onde todos os partidos dialogam. Aquilo que é fundamental é passar das palavras aos atos", afirmou o líder socialista, que falava aos jornalistas em Viana do Castelo, à margem da apresentação do candidato à Câmara local, e atual autarca, José Maria Costa.
António José Seguro garantiu, ainda, que as recentes propostas para dinamizar a economia, que o PS apresentou e que foram chumbadas pela maioria na Assembleia da República, vão voltar a ser submetidas ao parlamento.
"Se há vontade [de diálogo], ela vem tarde, perderam-se dois anos, mas no parlamento há propostas e o PS contribuirá com mais propostas. Para nós, o mais importante é resolver os problemas dos portugueses, estando ou não no Governo, estando ou não na oposição", disse ainda.
 
O DIÁLOGO DEVE SER COM OS MILITANTES E COM OS ELEITORES APRESENTANDO AS PROPOSTAS DO PS  E OUVIR QUEM TEM DISCORDÂNCIAS. O PS INTERNAMENTE NÃO DISCUTE COISA NENHUMA. OS MILITANTES SERVEM SÓ PARA VOTAR. JÁ NÃO SE FALA DE SOCIALISMO, DE NEOLIBERAMISMO, DE OFFSHORES, DE MERCADO FINANCEIRO, DE CORRUPÇÃO. É AQUI QUE SE PODEM ENCONTRAR AS RAZÕES DA CRISE. NÃO CHEGA ANALISAR CONSEQUÊNCIAS. URGE ENCONTRAR AS CAUSAS.
E SÃO MUITAS.
OU O PS COMEÇA A PENSAR EM MUDAR, REORGANIZANDO-SE, ACABANDO COM APARELHOS E SINDICATOS DE VOTO, OU VAI PELO CANO COMO TODOS OS OUTROS PARTIDOS QUE ESTÃO A SOFRER DO MESMO MAL. NENHUM ESCAPA.
A POLITICA NÃO SE FAZ COM ALTERNANCIAS MAS COM ALTERNATIVAS;
A POLÍTICA FAZ-SE COM VERDADE E COM IDEOLOGIA;
A POLÍTICA NÃO SE FAZ COM DIÁLOGOS MAIS OU MENOS CIRCENSES, ÀS ESCONDIDAS E SEM SE SABER NADA;
A POLITICA FAZ-SE COM PROPOSTAS SÉRIAS E VIÁVEIS. 
 
 

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