quarta-feira, 21 de agosto de 2013


   O presidente e dois administradores da Escom foram constituídos arguidos na investigação sobre as contrapartidas do German Submarine Consortium pela venda de dois submarinos ao Estado português.   
Três gestores da Escom, empresa portuguesa que foi vendida à Sonangol em 2011 pelo Grupo Espírito Santo (mas cuja pagamento integral ainda não foi cumprido), foram constituídos arguidos há três semanas no âmbito da investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) sobre a compra de dois submarinos pelo Estado português ao German Submarine Consortium. O grupo alemão vendeu os submarinos, comprometendo-se a contratar uma série de contrapartidas em favor da economia portuguesa, contrapartidas essas que vieram a suscitar uma investigação.

Helder Bataglia, presidente da Escom, e Luís Horta e Costa e Pedro Ferreira Neto, administradores, são, segundo a edição desta quarta-feira do jornal "i", os primeiros arguidos deste processo, cuja investigação decorre há sete anos e não tem indícios contra titulares de cargos públicos. Os três gestores estão indiciados por corrupção activa, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

A Procuradoria-Geral da República quando questionada pelo Económico respondeu que "o processo em causa encontra-se em segredo de justiça, pelo que não é possível fornecer as informações solicitadas".

Os investigadores do DCIAP querem esclarecer se parte dos 30 milhões de euros pagos pelo consórcio alemão à Escom, por serviços de consultoria, serviram para pagar comissões a partidos políticos e a titulares de cargos políticos.

Paulo Portas era, na altura da adjudicação da compra dos dois submarinos à German Submarine Consortium, o ministro da Defesa Nacional. Tal como já foi noticiado, o DCIAP suspeita que o CDS-PP terá recebido donativos ilegais. Na prática, o Ministério Público (MP) está a investigar se houve ou não contrapartidas por parte dos alemães e se a Escom terá tido uma função de veículo no pagamento desses montantes.

Segundo o "i", o DCIAP não terá encontrado qualquer indício de corrupção passiva contra Paulo Portas, actualmente vice-primeiro

SERÁ DESTA QUE OS SUBMARINOS VÃO FLUTUAR OU EMERGEM PARA SEMPRE?

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