sábado, 10 de agosto de 2013

Mercados "não acreditam" que Portugal evite um segundo resgate

A influente revista britânica "The Economist" analisa os países resgatados pela troika num artigo intitulado "O que Angela não está a dizer", na sua edição do próximo sábado.
Jorge Nascimento Rodrigues
A revista refere-se ao que a chanceler Angela Merkel não está a dizer ao eleitorado alemão Rainer Jensen/EPA A revista refere-se ao que a chanceler Angela Merkel não está a dizer ao eleitorado alemão
O comportamento das yields da dívida portuguesa de longo prazo, que continuam no mercado secundário em níveis acima de 6,5%, revela que "os mercados não acreditam que Portugal evite algum tipo de segundo resgate", escreve a revista "The Economist" na edição de 10 de agosto.
No artigo intitulado "O que Angela não está a dizer ", a revista britânica analisa os três países intervencionados pela troika e conclui que os resgates realizados "deixaram a dívida soberana demasiado elevada para ser sustentável". A revista refere-se à chanceler alemã Angela Merkel e ao que não está a ser dito ao eleitorado alemão que terá de votar em eleições legislativas a 22 de setembro.
"Sob o peso da dívida, as perspetivas de crescimento de Portugal no médio prazo são pobres. A dívida pública atingiu 127% do PIB, e o fardo potencial é maior. O Governo tem grandes passivos contingentes, decorrentes de garantias, parcerias público-privadas e empresas públicas. Esses passivos poderiam transformar-se em dívida real: o FMI estima que poderiam acrescentar mais 15% do PIB ao fardo, elevando o rácio acima de 140%", refere "The Economist".
Segundo dados do último boletim do IGCP (publicado em julho), a dívida direta do Estado português somava em 30 de junho um total de 206,65 mil milhões de euros, o que significará 128% do PIB estimado para 2013. Neste total, quase 100 mil milhões de euros são obrigações do Tesouro que vencem entre setembro de 2013 e setembro de 2024 e 67,3  mil milhões de euros dizem respeito às tranches já desembolsadas respeitantes aos empréstimos contraídos junto dos fundos europeus de resgate (FEEF e MEEF) e do Fundo Monetário Internacional. Esta última parcela da dívida ao abrigo do acordo com a troika é designada por dívida "oficial" e representa 41,7% do PIB e 32,5% do saldo


OS ASSESSORES DO SE HOR PR JÁ DEVIAM TER FEITO CONTAS E CONCLUIR QUE PORTUGAL NÃO PODE PAGAR ESTA DIVIDA. A ESPECULAÇÃO TEM DE SE CONTENTAR COM MENOS RETORNO.

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