terça-feira, 6 de agosto de 2013

 

Visão: Pais Jorge terá tentado vender “swaps” a Campos e Cunha e a Teixeira dos Santos
06 Agosto 2013, 15:21 por Jornal de Negócios
 
 

A revista “Visão” especifica os dias em que decorreram os encontros entre os responsáveis do Citigroup e o Executivo de José Sócrates. O banco tentou, numa primeira vez, vender os “swaps” que encobriam dívida ao Governo em que Campos e Cunha era ministro das Finanças. E um dia depois do pedido de demissão deste responsável, o Citigroup teve outra reunião, com esperança de que um novo ministro das Finanças significasse uma alteração de política.
A revista “Visão” adianta, na edição online, os dias em que decorreram os encontros, relatando que o primeiro foi no dia 1 de Julho de 2005, “poucos minutos para as 9h”. Neste encontro participaram Joaquim Pais Jorge e Paulo Gray, responsáveis do Citigroup, e dois assessores económicos do primeiro-ministro, Óscar Gaspar e Vítor Escária. Foi neste encontro que foi apresentada a proposta de produtos financeiros que esconderiam a realidade da dívida pública.

A segunda reunião decorreu no dia 21 de Julho, às 10 horas, um dia depois do pedido de demissão de Campos e Cunha do Ministério das Finanças e antes da tomada de posse de Teixeira dos Santos. Neste encontro estiveram as mesmas pessoas. Os responsáveis do Citigroup tinham esperança, segundo a “Visão”, que a troca de ministros permitisse que o recurso a estes “swaps” fosse aceite.

O que acabou por não acontecer, tendo sido uma proposta vetada pelo Governo, bem como pelo IGCP.

A Visão adianta que no terceiro encontro, datado de 25 de Outubro, às 14h, o tema já não foi os “swaps”. Nesta reunião o tema incidiu sobre a titularização de créditos fiscais, que tinha sido acordado inicialmente entre o Citigroup e o Executivo de Durão Barroso, sendo na altura Manuela Ferreira Leite ministra das Finanças, tendo o Citigroup expressado, em 2005, preocupação sobre este assunto. Ainda assim, realça a Visão, o Citi acabou por receber do Estado mais do que pagou com os créditos fiscais - cerca de 2 mil milhões de euros. Com um "juro implícito de 17,5%", segundo o Tribunal de Contas.

Este assunto ainda vai fazer correr tinta. O Governo prometeu que ainda hoje iria prestar esclarecimentos sobre o assunto. Pedro Lomba salienta que “há inconsistências” sobre a ligação entre a presença do secretário de Estado numa reunião de apresentação e a venda de “swaps”. O Governo está a analisar todos os factores e promete ainda para hoje “todos os esclarecimentos” sobre o assunto. O Secretário de Estado Adjunto do ministro Adjunto diz que é preciso primeiro “descobrir a verdade”.

NUMA DEMOCRACIA A SÉRIO ESTA GENTE JÁ ESTAVA TODA NA RUA E COM PROCESSOS DE AVERIGUAÇÕES.
COMO ESTÁ DE FÉRIAS O PR SAFA-SE MAIS UMA VEZ. O 1º. MINISTRO VAI AGUENTANDO ATÉ QUE A BATATA ESTOIRE.

Sem comentários: