quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Seguro acusa Passos de se esconder atrás das palavras

O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro de se esconder atrás das palavras, dizendo que Passos Coelho chama ajustamento às políticas de "empobrecimento", requalificação aos despedimentos e reforma do Estado aos cortes.



António José Seguro falava aos jornalistas após ter estado presente num almoço da comissão de honra da candidatura do socialista Marcos Sá à presidência da Câmara de Oeiras, horas depois de o porta-voz do PSD, Marco António Costa, ter afirmado que o Governo não tem qualquer medida na manga para apenas apresentar após as eleições autárquicas.
No entanto, o líder do PS insistiu na sua suspeita de que o executivo adiou o anúncio de mais medidas de austeridade para o período pós-eleitoral, e alegou que "os portugueses já estão habituados que o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] e o PSD digam uma antes de eleições e façam outra após as eleições".
"Há dois anos o primeiro-ministro também disse que não iria despedir funcionários públicos, que não iria cortar salários, que não retiraria os 13.o e 14.o meses aos funcionários públicos e depois fez exatamente o contrário. Os portugueses já estão habituados sobre o que valem as palavras do PSD e do Governo em vésperas de eleições", advogou Seguro.
Neste contexto, o secretário-geral do PS comentou também a declaração de Pedro Passos Coelho em que rejeitou em absoluto estar a colocar em curso uma política de empobrecimento do país.
"É preciso que o primeiro-ministro deixe de simular e de se esconder atrás das palavras. [Pedro Passos Coelho] chama aos despedimentos requalificação, aos cortes chama reforma do Estado e ao empobrecimento do país chama ajustamento. As pessoas sabem que infelizmente não é assim", apontou o secretário-geral do PS, numa iniciativa em que estiveram presentes o presidente honorário do seu partido, Almeira Santos, o mandatário da comissão de honra da candidatura do PS/Oeiras, o economista João Ferreira do Amaral, e o ex-líder da UGT (candidato a presidente da Assembleia Municipal) João Proença.
Nas suas declarações, o secretário-geral do PS invocou a situação de dificuldade de muitos professores, empresários, idosos e reformados.
"A questão é muito simples: É preciso parar com esta política que conduz ao empobrecimento, que não resolve nenhum problema, que não cumpre nenhuma meta orçamental, enquanto a dívida já ultrapassa os 130 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O PS é defensor do equilíbrio das contas públicas, mas que tem de ser alcançado com os portugueses e não contra os portugueses", disse.
Na perspetiva de António José Seguro, o ajustamento de fala o primeiro-ministro "não tem em conta as consequências sociais e económicas no país - e nós não podemos suspender os portugueses".
"Ou saímos desta crise todos juntos e com todos os portugueses, ou então é um péssimo trabalho que está a ser feito", acrescentou.
Interrogado sobre a ausência de uma decisão do Tribunal Constitucional aos casos de candidatos que voltam a concorrer após terem assumido funções de presidentes de Câmara em outro município ao longo de três mandatos consecutivos, António José Seguro recusou-se a fazer qualquer comentário.
"Não faço pressões sobre o Tribunal Constitucional", alegou.
Em Oeiras, no almoço da candidatura do socialista Marcos Sá à presidência da Câmara de Oeiras estiveram também presentes o reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, o ex-ministro da Administração Interna Rui Pereira e o antigo árbitro de futebol Jorge Coroado.
Diário Digital com Lusa

OS PORTUGUESES JÁ PERCEBERAM MUITO BEM QUE ESTE GOVERNO MENTE E QUE DIZ UMA COISA HOJE E OUTRA E O SEU CONTRÁRIO NO DIA SEGUINTE.
MAS O QUE OS PORTUGUESES QUEREM É QUE O PS DIGA COM CLAREZA O QUE PROPÕE PARA SALAVAR PORTUGAL E OS PORTUGUESES.

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