sábado, 7 de dezembro de 2013

O ex-ministro defende a dedução do aumento salarial no IRC. E admite a subida da taxa mais alta de IVA e do salário mínimo
Os primeiros-ministros são demasiado cativos do tema dos votos e o medo faz com que muitas decisões não sejam tomadas. Os donos de Portugal não são o problema, "o diabo são os telhados de vidro". É a visão de Daniel Bessa, ex-ministro da Economia do governo de António Guterres, que faz um mea culpa em relação à barragem de Foz Côa. Em entrevista ao jornal i, o director-geral da Cotec Portugal - Associação Empresarial para a Inovação apresenta soluções que podem ser adoptadas por um país à beira de um ataque de nervos.
Defende a renegociação da dívida. Porquê e em que termos?
Sempre disse que não escaparíamos a um acordo de credores. O que tem acontecido é que quando a dívida se vence contrai-se nova dívida e até 2011 isso fazia-se com alguma normalidade, porque se estava a gastar mais do que recebia, recorrendo aos mercados. Isso agora já não é possível e mais cedo ou mais tarde Portugal terá de se apresentar perante os credores e pôr a questão de que não consegue pagar nos prazos e com as taxas que estão definidas.
A troika faz avaliações trimestrais, mas tem em Portugal uma delegação permanente. Porque se mantém inflexível?
Hoje, num processo destes, quem tem mais a perder são já essas três entidades - Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia. Dos mais de 70 mil milhões que já recebemos, a maior parte foi para fazer pagamentos a credores. O credor maior, neste momento, é a troika.
Portugal vai pagar a dívida ou já se sabe que parte é para incumprir?
Isso faz-me lembrar uma conversa do antigo primeiro-ministro José Sócrates, lá na frente de estudantes, em França, de que só as crianças é que acreditam que as dívidas dos estados são para pagar... Eu questiono uma afirmação destas, sobretudo num contexto que é, em qualquer caso, um contexto educativo, mesmo com estudantes mais velhos. Há alguma falta de pudor numa afirmação destas e não posso educar ninguém no princípio de que as contas não são para pagar ou estou a criar monstrinhos que depois toda a gente irá desprezar e ninguém levará a sério.


O DR. DANIEL BESSA JÁ NOS HABITUOU AOS TROCADILHOS QUE NÃO DIZEM NADA.
CONTINUAM A CHAMAR-LHE EX-MINISTRO DA ECONOMIS DE GUTERRES QUE SÓ POR ENGANO OCUPOU A DITA PASTA. AO PRIMEIRO EMBATE COM O SEU SECRETÁRIO DE ESTADO DEMITIU-SE E FIGIU. ESTAVA ENGANADO QUANDO ACEITOU IR PARA UM GOVERNO DO PS.POR OPORTUNISMO?
FALAR MAIS UMA VEZ DE SÓCRATES (PARECE COMPLEXO) E NÃO DIZER TUDO É REVELADOR DE ALGUMA COISA. NÃO VOU DIZER FALTA DE CARACTER MAS APETECIA-ME DR. BESSA.
SÓCRATES DISSE QUE AS DIVIDAS SOBERANAS NÃO ERAM PARA PAGAR DE IMEDIATO MAS PARA IR PAGANDO. E É ASSIM MESMO QUE O MERCADO QUER. DESDE QUE O JURO SEJA COMPENSADOR TUDO É PERMITIDO.
O QUE FAZ O GOVERNO ACTUAL? EMPURRA A DIVIDA PARA A FRENTE A TAXAS MAIS ELEVADAS E OS CREDORES AGRADECEM.
AS DUAS VEZES QUE O FMI VEIO A PORTUGAL FOI A SEGUIR A GOVERNOS DA AD-DIREITA SENHOR DOUTOR.
COM SÓCRATES QUE DISPENSAVA A VINDA DO FMI (QUE NÃO TINHA QUE FAZER) FOI A DIREITA NEOLIBERAL ALIADA À EXTREMA ESQUERDA QUE MANDARAM VIR A TROIKA E FORAM ALÉM DELA. ESTA DIVIDA VAI SER PAGA? QUANDO E COMO SENHOR DOUTOR BESSA? SÓ UM LIRICO ACREDITARÁ.
PARA SER LIDO COM RESPEITO E TER CREDIBILIDADE DEVE SER MAIS RIGOROSO E APONTAR SOLUÇÕES.

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