sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O mundo no próximo ano terá 65 países propícios à emergência de conflitos sociais e protestos. Portugal é um deles.

Por Diogo Cavaleiro - Jornal de Negócios

A revista “The Economist” vê em Portugal um “elevado risco” de agitação social no próximo ano. Não é o único. Espanha, Brasil, África do Sul e Paquistão são outros exemplos. Na Grécia, a situação poderá ser mais grave, com um risco “muito elevado”.
 
A Economist Intelligence Unit, uma empresa “irmã” da revista britânica, mediu o risco de agitação social em 2014 em 150 países de todo o mundo, tentando perceber onde é mais provável o surgimento de protestos, uma realidade que tem vindo a crescer ao longo do tempo.
 
“De movimentos anti-austeridade a revoltas de classe média, tanto nos países pobres como nos países ricos, a agitação social tem vindo a aumentar em todo o mundo”, escreve a revista sobre o estudo que concluiu que 65 dos 150 países têm um “elevado” ou “muito elevado” risco de instabilidade social em 2014.
  
No caso europeu, os protestos têm sido entendidos como respostas à crise económica. A publicação não fala especificamente de Portugal mas refere que, de um modo geral, a instabilidade social tem-se justificado um pouco por todo o mundo não só pela crise económica mas pela sua conjugação com factores como a desigualdade salarial, os reduzidos níveis de apoio social, as tensões étnicas e, mais importante, a crise na democracia, que mina a confiança nas instituições e na elite política.
 
Em Portugal, desde que, em 2011, Portugal iniciou a implementação de medidas de austeridade, grande parte delas incluídas no programa de ajustamento económico e financeiro acordado com os credores financeiros (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu), quase paralelamente têm emergido vários protestos. “A austeridade está ainda na agenda para 2014 em muitos países e isso vai ser um motor de agitação social”, opina a “The Economist”.
 
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