sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Antiga líder do PSD critica "obsessão" do Governo em "lançar impostos apenas sobre os reformados".
Manuela Ferreira Leite criticou ontem o Governo por ter optado por visar os reformados para contornar o chumbo do Tribunal Constitucional (TC) à convergência de pensões.

No seu habitual comentário na TVI 24, a ex-ministra das Finanças acusou o Executivo de Pedro Passos Coelho de optar pelo caminho de "taxar os reformados porque este não refilam" e defendeu que essa via é "quase de natureza perversa". Neste contexto a social-democrata concluiu que "não há equidade tributária entre os cidadãos deste país".

"Há uma coisa que foi dita: é que o Governo rejeitou aumento de impostos. Eu pergunto e gostava que alguém me respondesse, o que é que é o CES, Contribuição Especial de Solidariedade, senão um imposto? É verdadeiramente um imposto. Aquilo que o Governo recusou foi não lançar impostos sobre toda a gente, mas lançar impostos apenas sobre os reformados, portanto eu acho que isto é uma obsessão", defendeu.

Manuela Ferreira Leite disse que o que lhe "custa verdadeiramente a aceitar é que se anuncie que não se faz aumento de impostos, provavelmente para satisfazer o vice-primeiro-ministro, que sempre foi contra os impostos, e até me admira que sendo contra o aumento de impostos não se importe que sejam sobre aquele sector que ele tanto defendeu".

O Governo anunciou ontem a intenção de alargar a base de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e aumentar as contribuições dos beneficiários da ADSE, até aprovar uma "alteração duradoura" às pensões da Caixa Geral de Aposentações em pagamento.

Esta decisão foi anunciada na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros pelo ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, que acentuou o entendimento do Executivo de que a solução para o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nas pensões da Caixa Geral de Aposentações não deve passar pelo aumento de impostos.

A DRª. MANUELA FERREIRA LEITE, ANTIGA LIDER DO PSD, MAIS PARECIA UM LIDER DA OPOSIÇÃO. FALOU CLARO E SEM RODRIGUINHOS.

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