domingo, 5 de janeiro de 2014

Portas declara Seguro sem autoridade para denunciar TSU dos idosos
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Paulo Novais, Lusa

Falta “razão” e “autoridade” ao secretário-geral do PS, segundo Paulo Portas, para batizar como “TSU dos idosos” o alargamento da base de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade, uma das medidas encontradas pelo Governo para reagir à declaração de inconstitucionalidade da convergência de pensões. É esta a resposta do vice-primeiro-ministro à posição assumida por António José Seguro após a divulgação do pacote alternativo do Executivo, que inclui também o agravamento dos descontos para a ADSE. “Não tinha de ser assim”, insistiu ontem o líder do maior partido da oposição.

Seguro “nem tem razão, nem tem autoridade”. Foi nestes termos que o número dois do Executivo de coligação devolveu ao secretário-geral do PS as críticas à expansão da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES).
“O Governo anunciou que vem aí a TSU dos idosos. O Partido Socialista estará contra. Sempre esteve e estará contra. Porque o Partido Socialista só tem uma palavra e esperemos que dentro do Governo também só exista uma palavra em relação a essa matéria”, afirmara Seguro na sexta-feira.


“Não tem razão porque a chamada TSU das pensões acumulava com a CES e com a convergência e por isso fiz bem em recusá-la. Do que agora se trata não é de acumular, mas de substituir uma medida que o Tribunal Constitucional considerou inválida”, sustentou Portas na última noite em Aveiro, à saída de um encontro com delegados ao próximo congresso do CDS-PP.

“A TSU das pensões aplicava-se a reformas de 400 euros, o que é socialmente inaceitável”, reforçou o líder dos democratas-cristãos, para então sublinhar que o alargamento da base de incidência decidido há três dias em Conselho de Ministros abarca “reformas entre os 900 e os mil euros”. O que, de acordo com o vice-primeiro-ministro, salvaguarda 95 por cento dos pensionistas da Segurança Social: “Manifestamente os mais vulneráveis e os mais pobres no país”.

No contra-ataque ao Rato, Paulo Portas lembrou ainda que “a última medida que o Partido Socialista tomou sobre pensões foi congelar pensões mínimas, pensões sociais e pensões rurais, que tinham um valor mensal entre 200 euros e 250 euros”.
“Impreparação para governar”
O líder socialista voltou ontem à carga contra o chamado plano B do Governo, reiterando que o PS “está contra essa nova TSU dos idosos”. E reafirmando também que a alternativa deveria passar por dilatar em 0,2 por cento a meta do défice das contas públicas para este ano.

“Não tinha de ser assim”, sustentou António José Seguro em Coimbra, no cair do pano sobre a assembleia geral da Associação Nacional de Autarcas Socialistas, que passará a ser liderada pelo presidente da Câmara Municipal de Baião e líder da Federação socialista do Porto, José Luís Carneiro.


Foto: Sérgio Azenha, Lusa
É “por impreparação para governar” e por uma “opção ideológica”, no entender de Seguro, que o Governo opta pelo alargamento da CES e pelo aumento das contribuições de funcionários públicos e pensionistas do Estado para a ADSE. Duas medidas tomadas numa altura em que “uma parte ínfima de portugueses se transforma em milionários” e que a classe média “está praticamente dizimada”, assinalou.

O secretário-geral socialista falou também do pós-troika. Para defender que “Portugal regresse aos mercados de forma limpa, isto é, sem necessitar de apoio”. Por outras palavras, sem um programa cautelar.

“O que queremos sabemos muito bem, que Portugal siga o caminho da Irlanda, que Portugal regresse aos mercados de forma limpa”, propugnou Seguro, acrescentado que foi “para isso que o primeiro-ministro exigiu tantos sacrifícios”. E que o país vai “terminar, no final do primeiro semestre deste ano, o Programa de Assistência Económica e Financeira” sem saber “o que vai acontecer”, se “será uma saída com ajuda ou sem ajuda”.

“Qualquer tipo de apoio exige mais sacrifícios. Nós não escondemos a diferença entre um programa cautelar e um segundo resgate”, concluiu

SE É ISTO QUE O LIDER DO PS TEM PARA DIZER AIOS PORTUGUESES O MELHOR É ESTAR CALADO.
QUANTO A FALSIFICAÇÃO DE FICHAS QUE PROLIFERAM NO PS NÃO É NADA COM ELE E NÃO NÃO PODE FAZER NADA.
NEGOCEIA OS FUNDOS ÀS ESCONIDAS COM O GOVERNO E ACEITA A REFORMA DO IRC SEM CONSULTAR O PARTIDO.. ISTO É DEMOCRACIA PARTICIPATIVA?
PENSEI EU QUE O NOVO ANO IA TRAZER NOTICIAS DE UM PS EM MUDANÇA: COM NOVAS PROPOSTAS, NOVO PROJETO, NOVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO.
INTERNAMENTE JÁ ERA TEMPO DE REPENSAR A ESTRUTURA ORGANIZATIVA CRIADA POR GUTERRES E CONSTANCIO QUE REFORÇOU UM APARELHO CENTRALISTA E INCAPAZ.
AGREGAM-SE AS JUNTAS DE FREGUESIA, MAS AS SECÇÕES E CONCELHIAS E DEMAIS ÓRGÃOS SE POSSÍVEL ALARGAM-SE PARA DAR EMPREGO A GENTE SEM PREPARAÇÃO E SEM ESCRUPULOS.
HÁ SECÇÕES A MAIS, CONCELHIAS A MAIS, COMISSÕES EM EXCESSO. HÁ UM FICHEIRO DE MILITANTES QUE TEM DE SER REVISTO E ATUALIZADO.
SE O PS NÃO É CAPAZ DE SE REFORMAR COMO PODE REFORMAR O ESTADO?
O PROBLEMA DA CORRUPÇÃO DESAPARECEU DAS INTERVENÇÕES DO SECRETÁRIO GERAL. PORQUÊ?
A DEFESA DO SNS, EDUCAÇÃO E ESTADO SOCIAL É FROUXO E SEM ALTERNATIVAS VISIVEIS E CREDÍVEIS.
VAMOS ANDAR 6 MESES A DISCUTIR O CAUTELAR E A IDA AOS MERCADOS?
SEM UMA REVOLUÇÃO NOS PARTIDOS O PAÍS AFUNDA-SE. O PS TEM A RESPONSABILIDADE DE DAR O PONTAPÉ DE SAIDA. SE O NÃO FIZER SERÁ MAIS DO MESMO E AS DIFERENÇAS COM O PSD SÃO MINIMAS.
QUANDO É QUE O PS QUER OUVIR OS MILITANTES?


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