quarta-feira, 22 de janeiro de 2014






por VIRIATO SOROMENHO MARQUES
A Goldman Sachs (GS) aparenta ser um banco, mas o seu currículo mais parece um cadastro, devido às suas ligações com uma interminável série de irregularidades, que vão das bolhas imobiliárias e financeiras, à manipulação de mercados, à corrupção de governos, incluindo a maquilhagem das contas públicas gregas, que inaugurou a actual crise europeia. A GS é um dos nichos de um poder mundial não eleito, não submetido a constrangimentos constitucionais, não obrigado a testes de legitimidade. Um poder fáctico, sem lealdade de pátria, religião ou doutrina. Escassas centenas de homens que gerem em rede dinheiro e influência. Um dos instrumentos da sua estratégia consiste em cativar pessoas brilhantes do mundo académico, projectando-as depois em altos lugares políticos de países e/ou organizações internacionais. Paulson, Draghi, Monti, Issing, ou o falecido António Borges estão nessa lista. José Luís Arnaut (JLA), figura influente do PSD, foi nomeado para o Conselho Consultivo Internacional da GS. Ao contrário das figuras citadas, a JLA não se lhe conhece uma única ideia própria, mas sabe-se que o seu escritório de advocacia tem sido fundamental no "apoio" ao Governo em matéria de privatizações. A GS espreita, ávida, sempre que um país é obrigado a vender os seus anéis. JLA é, portanto, um hábil perito em transformar propriedade pública em salvados. Merecedor da gratidão pública da GS. Milhões de portugueses e europeus labutam, preocupados com o (des)emprego e o desamparo da crise. Lutam por uma democracia que não retire os seus filhos do mapa do futuro. Mas há quem faça carreira e lucro à custa do sofrimento geral. A espiral recessiva parece ter sido travada. Mas a espiral da náusea moral, essa, está ainda muito longe de ter batido no fundo.

 Esta Roma que PAGA (e bem) a traidores


Arnaut em alto cargo da Goldman Sachs e com isenção de portes nos CTT
10 de Janeiro de 2014 por As Minhas Leituras Deixe um comentário
Os traidores que vendem a Pátria tem sempre a sua recompensa! Até quando? José Luis Arnaut foi hoje nomeado para o International Advisory Board (Conselho de Consultivo Internacional) da Goldman Sachs, um dos mais restritos grupos da alta finança, que é constituído por 18 membros e liderado por Robert Zoellick, ex-presidente do Banco Mundial.
Arnaut vai ter a seu lado nomes como Otmar Issing, antigo economista chefe do Banco Central Europeu, ou Lord Griffiths, ex-conselheiro de Margaret Thatcher.
(…)Além da intensa carreira política, como deputado e ministro, José Luís Arnaut teve um pé em grandes operações. Esteve nas privatizações da REN (foi nomeado seu administrador não-executivo, após a alienação) e da ANA (foi assessor jurídico do concorrente que ganhou a privatização da ANA, o grupo francês Vinci e, depois, passou a presidir à assembleia-geral da empresa), tendo sido a escolha da TAP para a operação de venda de capital que o Estado tem na companhia (e que não se concretizou).
Aliás, chegou a ser acusado de favorecimento nas privatizações. E a sua nomeação para a REN foi polémica, já que a Rede Elétrica Nacional é cliente do seu escritório e a RPA participou, através de um contrato com a então Direção-Geral de Energia, na elaboração das propostas de lei de base e respetivos diplomas regulamentares do que viria a ser o novo enquadramento legislativo nos sectores da eletricidade, gás natural e petróleo.
Já esteve na recente oferta pública de venda dos CTT à Goldman, que com 4,99% se tornou no maior acionista dos Correios.



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