quarta-feira, 2 de abril de 2014


Política

02/04/14 18:00

Teixeira dos Santos contraria Durão Barroso sobre finanças do País em 2011

ECONÓMICO
Presidente da Comissão Europeia disse que Portugal tinha comunicado a Bruxelas ter "pouco mais de 300 milhões em caixa" no mês em que pediu o resgate. Esse valor já incluia o pagamento de todas as responsabilidades do Estado, como salários e pensões, revela o ex-ministro.
O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, desmente as afirmações de Durão Barroso, segundo as quais o Estado teria apenas 300 milhões de euros em caixa no momento em que o Governo de José Sócrates pediu a intervenção da 'troika'. Em reacção à entrevista do presidente da Comissão Europeia ao Expresso, o ex-governante afirma no seu programa semanal no Etv que foi a dificuldade de emitir dívida junto de investidores internacionais que precipitou o pedido de ajuda no dia 6 de Abril de 2011.
"Em meados de Março de 2011, estimávamos que, feitos todos os pagamentos e todas as operações de financiamento previstas, chegaríamos ao fim do mês com um saldo que estaria na ordem dos 330 milhões de euros. Mas a mesma previsão apontava para que, em Abril, tivéssemos um saldo acima dos 900 milhões de euros e assim por adiante". O ex-ministro clarifica, assim, que as contas já incluiam o pagamento de todas as responsabilidades do Estado, nomeadamente salários e pensões.
Teixeira dos Santos argumenta que foi a colocação de uma operação de venda de dívida no próprio dia 6 quase exclusivamente junto de investidores nacionais (80% do total), aliada à resistência da banca em comprar mais títulos da República (por penalizar os seus rácios), que espoletou o pedido de ajuda:
"Foi em Abril, na operação que nós fizemos no dia 6, que sentimos, de facto, dificuldade em colocar essa operação. Foi concretizada, mas houve mesmo um sinal claro de que não era fácil colocar a dívida nos investidores estrangeiros", refere. 
O ex-governante revela, ainda, que a previsão 330 milhões de euros de valor em caixa no mês de Março acabou por ser superada e atingir, na verdade, mais de 800 milhões de euros. 
Veja hoje na íntegra no Etv, às 22h, o comentário semanal de Teixeira dos Santos.
 O DR. BARROSO DEVIA SER MAIS SÉRIO E NÃO ENTRAR EM CAMPANHAS DE DESINFORMAÇÃO.
É DESMENTIDO POR TEIXEIRA DOS SANTOS E OS 5 EX-GOVERNADORES DO BANCO DE PORTUGAL APOIAM CONSTÂNCIO. UMA VERGONHA A ENTREVISTA DO SENHOR BARROSO.
QUEM OBRIGOU AO PEDIDO DE RESGATE FORAM OS BANQUEIROS E A DIREITA NEOLIBERAL.
MAS O PAIS COM TODAS AS JUDAS ESTÁ MUITO PIOR E NÃO PODE PAGAR A DIVIDA NEM EM 30 ANOS.

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