terça-feira, 20 de maio de 2014



Rajoy: Eurobonds são "o passo seguinte"

MARGARIDA PEIXOTO
O presidente do governo espanhol frisa que este tem de ser o próximo passo depois da União Bancária.
Rajoy: Eurobonds são
Mariano Rajoy, presidente do governo espanhol, defende que a Europa deve caminhar para uma união orçamental que culmine num activo comum: dívida pública europeia, sem risco. A ideia é defendida num artigo de opinião, publicado hoje no Expansión.
"O passo seguinte [depois de implementada a União Bancária] deve ser avançar para uma união orçamental, com uma dívida comunitária e uma autoridade macroeconómica comum", escreve o chefe do Governo de Espanha.

Para Rajoy, o processo de integração da União Europeia deveria "culminar necessariamente com um activo comum europeu sem risco; isto é, uma dívida pública europeia".

Por outras palavras, Espanha está a defender as Eurobonds, a ideia de criar títulos de dívida pública em nome da Europa e não representativos do Tesouro de um determinado Estado-membro.

O debate sobre as Eurobonds surgiu na sequência da crise de dívidas soberanas: seria uma forma de contornar a diferenciação muito acentuada que os investidores fazem do risco de cada país do euro. Esta medida permitiria atenuar os custos de financiamento de economias periféricas como Portugal, confrontadas com volumes muito elevados de dívida pública (o Tesouro português gere dívida pública no valor de 130% do PIB).

A hipótese que tem sido debatida ao nível europeu é a mutualização das dívidas nacionais a partir dos 60% do PIB, o tecto imposto pelo Tratado Orçamental. Contudo, a Alemanha e outros países do norte da Europa têm-se revelado contra.

O presidente do governo de Espanha começa por explicar que "já contamos com o Pacto de Estabilidade e Crescimento", mas não com "um guia sobre a direcção macroeconómica que deve adoptar a política orçamental a nível europeu". E argumenta que falta "um mecanismo orçamental para compensar os choques e as situações assimétricas, assim como um sistema mais eficaz de impor a disciplina orçamental com regras de aplicação automática".

Para este caminho ser trilhado será necessário evoluir para maior integração política, reconhece Rajoy, que significaria "uma nova cedência de soberania dos parlamentos e governos nacionais". Para o líder espanhol este debate ainda não foi feito com a profundidade necessária, mas "o quanto antes for abordado, mais cedo será encontrada a solução", frisa.
O PADRECA RANGEL E SEU AJUDANTE, NUNO MELO, ESTÃO DESORIENTADOS. DESCERAM MUITO BAIXO NOS ATAQUES AO PS E NÃO QUEREM FALAR DA EUROPA E DO DESASTRE EM PORTUGAL.


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