domingo, 22 de junho de 2014

Primeiro-ministro britânico David Cameron
Primeiro-ministro britânico David CameronFotografia © Reuters
Praticamente isolado mas firme na sua oposição a Jean-Claude Juncker. Assim está o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que ameaça forçar os 28 líderes da União Europeia a votarem a nomeação do ex-chefe do Governo luxemburguês para a presidência da Comissão Europeia.
Segundo os media britânicos, hoje citados pela AFP, Cameron vai pedir um adiamento da decisão sobre o nome do sucessor de Durão Barroso durante o Conselho Europeu dos próximos dias 26 e 27 em Bruxelas. O governante britânico considera que Juncker, também ex-presidente do Eurogrupo, é demasiado federalista e um homem do passado para resolver problemas do futuro.
Porém, Juncker, que esteve no poder durante 18 anos no Luxemburgo, é o candidato do Partido Popular Europeu à Comissão. O PPE foi o grupo político mais votado nas eleições europeias de março e, diz o Tratado de Lisboa, na hora de nomear o candidato à presidência da Comissão o Conselho Europeu deve ter em consideração os resultados dessas mesmas eleições.
Se os seus parceiros europeus recusarem um adiamento, Cameron pretende exigir uma votação da nomeação de Juncker, país a país, para que se saiba de forma clara e inequívoca quem apoiou quem. "Os responsáveis britânicos deixaram bem claro... que se houver vontade política para encontrar um consenso, então a decisão sobre o presidente da Comissão pode e deve ser adiada. Mas se os líderes não quiserem considerar nomes alternativos, então poderá haver uma votação", disse uma fonte de Downing Street à Sky News, acrescentando que isso será uma "rutura sem precedentes" em relação à tradicional abordagem do Conselho Europeu. Esta vai no sentido de conseguir encontrar sempre um consenso.
Uma última tentativa será feita esta segunda-feira, quando o presidente permanente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, se encontrar com David Cameron. O responsável tem estado a ouvir vários líderes europeus e, apesar das reticências iniciais ao nome de Juncker, agora até alguns governantes de esquerda, como o Presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, apoiam o ex-líder luxemburguês.
O Conselho Europeu, diz o Tratado de Lisboa, nomeia o candidato à presidência da Comissão Europeia, deliberando por maioria qualificada, devendo este ser depois aprovado pelo Parlamento Europeu.
E ASSIM VAI A UE NEOLIBERAL

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