quinta-feira, 10 de julho de 2014

Bloomberg, Financial Times, Reuters, Wall Street Journal. A crise no Grupo Espírito Santo e o impacto que está a ter na bolsa portuguesa e restantes praças financeiras mundiais é o principal destaque nestes meios de comunicação internacionais especializados em economia.
A fazer lembrar os períodos mais conturbados da crise da dívida europeia, Portugal volta a estar esta quinta-feira, 10 de Julho, em destaque nos principais meios de comunicação social internacional que se dedicam aos assuntos económicos.

Na Bloomberg e na Reuters, as duas principais agências de notícias de informação financeira e que são acompanhadas pela grande maioria dos profissionais do sector, a crise no GES está a ser apontada como a principal justificação para o dia negativo nas bolsas europeias e pelas perspectivas negativas para a abertura de Wall Street.

No terminal da Bloomberg, as duas notícias em principal destaque estão relacionadas com a crise no GES. A primeira está relacionada com a quinta queda consecutiva das praças europeias, devido às preocupações com um banco português.

A mesma agência adianta que os credores do BES duvidam que os atrasos no pagamento por parte do banco suíço do BES não venham a contagiar o BES, apesar das garantias do Banco de Portugal de que o banco português está sólido.

"Se a situação portuguesa se continuar a deteriorar, o contágio da aversão ao risco pode rapidamente alargar-se a outros títulos, como obrigações e acções, de outros países membros da Zona Euro", disse à Bloomberg Adrian Miller, analista da GMP Securities em Nova Iorque.

Na Reuters, a justificação que é dada para a expectativa de abertura em queda das bolsas norte-americanas também está relacionada com a crise no Grupo Espírito Santo, que "levanta dúvidas sobre a saúde financeira do maior banco português".

O facto de o índice PSI-20 estar a cair mais de 4% e de as acções do ESFG e do BES estarem suspensas são os factos mais citados pelas agências para espelhar os receios dos investidores com a situação do GES e o potencial impacto no BES e em Portugal. Nas bolsas europeias as perdas dos índices accionistas aproximam-se de 2% e Wall Street vai abrir no vermelho.
Mas não é só nas agências de notícias que a situação do GES está a fazer manchetes. No site do Financial Times a principal notícia dá conta que "os receios com banco português geram ‘sell-off’ na Europa"

O jornal britânico, cita um analista do Saxo Bank a salientar que o BES é o "evento mais importante que nesta altura está a ter impacto nas acções europeias. Os investidores estão a despejar as acções e as obrigações do banco português". Peter Garnry acrescenta que este evento "atingiu as cotadas europeias do sector financeiro como um torpedo e reacendeu os pesadelos mais negros dos investidores sobre a Europa".

No Wall Street Journal o título em destaque dá conta que "mercados afundam devido a receios com banco português"

Citado por este jornal norte-americano, um analista do Royal Bank of Canada assinala que esta crise no Grupo Espírito Santo "parece um caso isolado, mas mostra claramente os problemas de saídas de programas de assistência financeira numa altura em que a economia, o sistema financeiro e as finanças públicas estão ainda num estado instável".

Todos estes meios de comunicação identificam a origem da crise nas empresas não financeiras do GES e assinalam que as preocupações sobre o potencial impacto no BES e na bolsa portuguesa cresceram quando foram noticiados os primeiros atrasos nos pagamentos de investimentos efectuados no Banque Privée Espírito Santo, o banco de fortunas sedeado na Suíça e que é detido pelo GES.
SE O PS ESTIVESSE NO GOVERNO E CONSTANCIO NO BP O QUE JÁ TERIA DITO A DIREITA NEOLIBERAL.

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