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Carlos Costa
Leonardo Negrão/Global Imagens
Leonardo Negrão/Global Imagens
A dívida pública portuguesa apurada no final de maio ascendia a 224,5 mil milhões de euros ou 135% do PIB, indicou hoje o Banco de Portugal, no boletim estatístico de julho. Embora tenha aliviado face ao máximo de sempre (135,8% do PIB em abril), registando a primeira descida em cinco meses, o valor está muito longe da meta do Governo para este ano.
O boletim do banco central mostra que a dívida na ótica de Maastricht, a que conta para o Tratado Europeu, engordou 12,6 mil milhões de euros face a maio do ano passado. Em rácio está bem distante dos 130,2% com os quais o Governo se comprometeu no Documento de Estratégia Orçamental, publicado no início de maio.
Percebe-se que o valor dívida total recuou ligeiramente em termos nominais face a abril porque houve menos emissões de títulos de dívida de longo prazo. Já o valor em depósitos e em numerário, que também faz aumentar o indicador do endividamento, subiu para 12,1 mil milhões de euros, um recorde.
Ainda assim, a dívida sem contar com depósitos continua a aumentar: chegou a 202,4 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde que há registo.
Portugal é signatário do tratado orçamental europeu que obriga a reduzir a dívida à razão de um vigésimo por ano nos próximos 20 anos, tarefa que é vista como muito exigente ou mesmo impraticável já que não se espera que o crescimento da economia venha a ser fulgurante.
Além disso, o indicador da dívida irá sofrer grandes alterações em setembro, com a aplicação das novas regras de contabilidade nacional e a integração nas contas de mais dívida de empresas públicas e operações financeiras ligadas aos bancos.
Valor dívida total recuou ligeiramente em termos nominais face a abril porque houve menos emissões de títulos de dívida de longo prazo.
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