segunda-feira, 11 de agosto de 2014


O governador do Banco de Portugal garantiu a solidez do BES. O governo repetiu, em eco. Depois, foi o que se está a ver. Nem competência do regulador nem, de facto, o cumprimento da promessa do governo de que nós, contribuintes, não seríamos, mais uma vez
Vamos imediatamente ao essencial.
O governador do Banco de Portugal garantiu, reiteradamente, sempre com o seu sorriso grisalho, que o BES estava sólido.
Não estava.
Nem está.
Há, para este comportamento do governador do Banco de Portugal, duas hipóteses explicativas.
A primeira é a de que o Banco e o seu governador ou são, ou foram em momentos precisos, incompetentes.
A segunda é a de que o Banco de Portugal e o seu governador foram insistentemente ludibriados.
Veja-se o governador brandir o labirinto do seu calendário.
As duas hipóteses são, assim, afinal, uma.
O Banco de Portugal e o seu presidente não podem ser ludibriados a este ponto. E tão reiteradamente.
Vejamos agora a responsabilidade que, em tudo isto, cabe ao governo.
O Sr.. primeiro-ministro e vários ministros, designadamente a Sr.ª ministra de Estado e das Finanças, declararam que as perdas do BES nunca se abateriam sobre os contribuintes.
Ora a solução encontrada, classificada de engenhosa, de imaginativa, a lembrar, com lobo e maçã envenenada, um conto negro dos Irmãos Grimm, é isso.
Responsabilidade financeira do Estado.
Logo, dos contribuintes.
Utilização de verbas adiantadas a Portugal, relativamente aos quais o País tem de pagar pesados juros.
Responsabilidade financeira do Estado.
Logo, dos contribuintes.
Nada, portanto, está seguro.
Definitivamente não, os contribuintes.
Perante tudo isto, o governador do Banco de Portugal e quantos constituem o governo, só podem comportar-se como pessoas de bem e de honra.
Ou seja, só podem assumir, perante os Portugueses, de forma clara, transparente e completa, as suas responsabilidades no caso.
E tirar as devidas consequências.
Dir-se-á que defender a demissão do governo e do governador do Banco de Portugal é uma violência populista e demagógica. Que temos de ser responsáveis. E pragmáticos. Temos de sopesar as vantagens e os prejuízos. Desde logo, em termos de estabilidade financeira. Ora é óbvio que as demissões do governo e do governador do Banco de Portugal teriam consequências algures entre o drama e a tragédia.
A pergunta a fazer é se não estaremos já entre a tragédia e o drama.
A resposta é: já estamos.
Outra pergunta a colocar é se essa assunção de responsabilidades não será a única coisa suficientemente reparadora e forte a fazer.
Já numa dinâmica de eleições antecipadas.
Ouça-se o que o presidente indigitado da Comissão Europeia disse numa conferência de imprensa, lado a lado com o primeiro-ministro grego, comparando a Grécia com Portugal. E declarando, perante a Europa, perante os mercados, que a Grécia não é frágil. Que Portugal, sim, é frágil.
Veja-se a imagem de Portugal financeiro e político que os media com expressão internacional transmitem e fazem circular.
O Estado português, com isto, e após isto, ainda tem o mínimo indispensável de dimensão ética?
De credibilidade?
A verdade é que a ética e a honra, se feridas, se fracturadas e expostas, exigem, digamos, pragmatismo moral.
Imediatismo moral.
O governo, obviamente, nunca se demitirá.
O governador também não.
Com efeito, parecem não perceber que - não assumindo as suas responsabilidades perante os Portugueses - estão, mesmo que julguem que não, demitidos.

PORQUE SERTÁ QUE O SENHOR GOVERNADOR E GOVERNO ESCONDERAM DOS PORTUGUESES O EMPRÉSTIMO DE 10 MIL MILHÕES QUE O BDP TEVE DE EMPRESTAR PARA PAGAR AO BCE?

ESTE GOVERNADOR JÁ NÃO TEM CONDIÇÕES PARA CONTINUAR.

O GOVERNO VAI ANDANDO AOS EMPURRÕES MAS VAI CAIR COM ESTRONDO

E PODEM OS PROTETORES DO GOVERNO E DO BANCO DE PORUGAL CON TINUAR A ELOGIAR AS PARTES QUE NÃO TERÃO HIPOTESES DE SUSTENTAR POR MAIS TEMPO.

NÃO HÁ GOMES FERREIRA QUE CONSIGAM ESCONDER A VERDADE.

OS PORTUGUESES JÁ ESTÃO A PAGAR ESTES DESVARIOS.

E PARA NOSSA DESGRAÇA TEMOS UM PRESIDENTE DA REPUBLICA QUE PERANTE UMA CRISE DESTA ENVERGADURA ESTÁ DE FÉRIAS E CALADO.

E PODE O LIDER DO PS INFORMAR QUE DEPOIS DO ENCONTRO COM  O GOVERNADOR FICOU MAIS DESCANSADO, PORQUE OS RESULTADOS AÍ ESTÃO PARA PROVAR O CONTRÁRIO.




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