sexta-feira, 17 de outubro de 2014

António Costa: Proposta de Orçamento do Estado do Governo é a confissão do fracasso
16 Outubro 2014, 23:10 por Lusa

O candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que a proposta de Orçamento para 2015 é própria de um Governo esgotado, sem soluções e sem arrependimento, apenas sendo reveladora do fracasso da actual estratégia orçamental.
Estas posições foram assumidas por António Costa no final de uma reunião de três horas e meia, na Assembleia da República, com um conjunto de 17 economista, alguns deles ex-membros de governos de António Guterres e de José Sócrates.

"Este Orçamento não tem qualquer sinal de inversão da política económica, sendo o último de um Governo esgotado e sem soluções. Este Orçamento não revela qualquer arrependimento do fanatismo orçamental, mas tão só um fracasso da estratégia orçamental", declarou o presidente da Câmara de Lisboa, expondo as razões que levam o PS a votar contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2015, na generalidade.

De acordo com o candidato socialista a primeiro-ministro, a decisão do Governo de aumentar o défice de 2,5 para 2,7% em 2015 "não se traduz num aumento do investimento produtivo, num reforço do apoio social às famílias, ou num aumento da justiça fiscal, mas resulta simplesmente da incapacidade do Governo em gerir bem as finanças públicas".

"Assistimos a um novo corte no investimento público, a um corte brutal na educação e nas prestações sociais, sendo estabelecido um tecto às despesas sociais substitutivas dos rendimentos do trabalho - prestações que apoiam as pessoas mais carenciadas. Este é o décimo segundo ou décimo terceiro orçamento deste Governo e é mais um igual aos anteriores. Para haver novas soluções é preciso um novo Governo", disse, tendo ao seu lado o presidente da bancada socialista, Ferro Rodrigues.

Confrontado pelos jornalistas com a acusação do porta-voz do PSD, Marco António Costa, que o PS estava agora a aproximar-se da extrema-esquerda, o candidato socialista a primeiro-ministro reagiu com riso.

"Eu [para a extrema-esquerda]? É porque ele [Marco António Costa] deve ter perdido o norte e não sabe o que é a esquerda e o bom senso", respondeu.

Depois, já noutro tom, António Costa defendeu que Portugal precisa de uma política económica "de bom senso, que devolva estabilidade e dê confiança aos agentes económicos".

"Hoje, já não se trata de uma questão de esquerda ou de direita, mas de uma questão de boa economia, que precisa de estabilidade e de confiança. Este Governo não gera nem estabilidade, nem confiança", sustentou.

Na reunião com António Costa e Ferro Rodrigues, estiveram presentes cerca de 30 especialistas na área da economia, entre as quais o ex-ministro das Finanças Campos e Cunha, Brandão Brito, Eduardo Paz Ferreira, Freire de Sousa, João Leão, Luís Nazaré, Manuel Caldeira Cabral, Paulo Trigo Pereira, Pedro Lains e Ricardo Cabral.

Participaram ainda no encontro ex-membros de governos socialistas como Costa Pina, Emanuel Santos, Maria Manuel Leitão Marques, o vereador da Câmara de Lisboa Fernando Medina, João Cravinho, Sérgio Vasques e as eurodeputadas socialistas Elisa Ferreira e Maria João Rodrigues.

Fonte socialista disse que Eurico Brilhante Dias, ex-porta-voz da direcção do PS para as questões económicas, foi convidado para estar presente, mas, por se encontrar fora do país, não compareceu.

O "TIRIRICA" DO PSD REAPARECEU PARA DIZER DISPARATES.
SINAIS DOS TEMPOS.

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