sábado, 8 de novembro de 2014

PS critica "incapacidade de ação total" de Passos face à crise do BES e da PT

por LusaHoje
PS critica "incapacidade de ação total" de Passos face à crise do BES e da PT
Fotografia © Natacha Cardoso/Globalimagens
O PS afirmou hoje que o primeiro-ministro "está enganado" quando acusa os socialistas de terem participado numa "relação muito pouco transparente" com a PT e o BES.
Durante um jantar com militantes do PSD, esta noite, em Lisboa, Pedro Passos Coelho reclamou ter posto fim a uma cultura política de favorecimento do Estado a "grupos de influências" e desafiou indiretamente o candidato do PS a primeiro-ministro, António Costa, a falar destas matérias e a revelar qual era a sua solução para o Banco Espírito Santo (BES).
Contactado pela Lusa, o socialista Vieira da Silva afirmou que "o senhor primeiro-ministro está enganado", acusando-o de "utilizar o passado como arma de arremesso contra o PS" quando está "em dificuldades", referindo-se à crise que "atravessou fortemente" o sistema financeiro português, como foi "a crise no BES, que atinge uma das maiores empresas portuguesas como é a Portugal Telecom [PT]".
O vice-líder parlamentar do PS acusou ainda o atual Governo de ter tido "uma incapacidade de ação total" face a estes problemas, considerando que se trata de "mais um artifício, mais uma habilidade política que se destina única e simplesmente a fugir às responsabilidades que o Governo tem de ser uma parte ativa na defesa dos interesses nacionais perante crises tão sérias".
Vieira da Silva lamentou que o primeiro-ministro esteja a "refugiar-se no passado (...) quando deveria preocupar-se em dar contributos para a melhoria da situação do país e para a resposta de problemas tão sérios como os que atingiram o sistema financeiro e empresas que eram empresas de referência no universo empresarial português".
O primeiro-ministro e presidente do PSD disse também que hoje "sabe-se que a PT funcionava como tesouraria do Grupo Espírito Santo (GES)", considerando que se impõe falar sobre isso.
"Aqueles que se indignam com o Governo por não salvar a PT - leia-se, não nacionalizar a PT, não assumir as perdas que foram provocadas por má gestão - o que é que dizem desse tempo em Portugal em que havia essa relação muito pouco transparente entre o poder do Governo, uma grande empresa privada que tinha também capitais públicos, e um banco privado que era dado como sendo o banco do regime?", perguntou Passos Coelho.
Em seguida, falou para os socialistas: "O que têm a dizer hoje todos aqueles que estão na primeira linha do PS a sonhar com o regresso a um tempo em que foram poder e, não apenas consentiram, como alinharam com estes comportamentos que hoje são dados como lesivos do prestígio do país?".
HÁ SITUAÇÕES EM QUE O PS E SEUS DIRIGENTES NÃO PODEM FICAR PELAS BOAS MANEIRAS. A ESTES  GAROTOS TEM DE RESPONDER COM FATOS. NÃO PODE HAVER DUVIDAS. ISTO VAI SER ASSIM ATÉ ÀS ELEIÇÕES.
QUANTO AO BES E PT JÁ ERA ALTURA DE OS DIRIGENTES DO PS SAIREM A TERREIRO E ESCLARECER TUDO. O QUE PASSOS FEZ ONTEM NÃO TEM DESCULPA. É O DESESPERO MAS TEM DE TER RESPOSTA DURA.

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