quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Encontro entre credores internacionais e parceiros sociais foi mais duro e frontal do que o habitual, garantem patrões e sindicatos.
Os temas e as opiniões foram as mesmas das últimas dez avaliações, mas o tom da conversa foi mais duro do que o habitual, garantiram os representantes dos patrões e dos sindicatos.

"A troika foi arrogante: falou muito e falou mal", criticou Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). "Disseram-nos que se não aceitamos que estas são as medidas certas, então é porque não tínhamos aprendido a lição", acrescentou Lucinda Dâmaso, secretária-geral da UGT. "Embora estejam já de saída, continuam a considerar que ainda mandam em Portugal", resumiu Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP. Só António Saraiva, presidente da CIP, foi mais condescendente com o tom da reunião: "foram objectivos, falaram com contundência", defendeu.

Segundo os parceiros sociais, a troika - composta por representantes do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu - voltou a louvar os benefícios das medidas de ajustamento que o Governo tem vindo a implementar e pediu a continuação do rumo seguido até agora. Já os parceiros falaram do desemprego, das dificuldades das empresas acederem ao crédito e dos problemas da economia real.

No final, ficou o tom de desacordo e de afastamento entre o que a troika quer para o país, e o que os parceiros sociais defendem como aquela que seria a melhor via.
COM UM GOVERNO DE JOELHOS É SEMPRE A EXIGIR MAIS.

Sem comentários: