As incongruências sociais e fundamentalismos americanos sempre me espantaram, para não dizer que sempre me causaram enjôos.
Transcrevo parte de um artigo de Joaquim Fidalgo, no Público de hoje, sob o título "Uma simples sala mum aeroporto" [sala de fumo no aeroporto de Zurique]:
"uma sala agradável, bem mobilada, com boa luz, boa ventilação de ar, música de fundo, até um ecrã de televisão, uns sofás...e muitos cinzeiros, claro". "Aquela sala discreta e bem arranjada não perturba ninguém, não incomoda ninguém, não julga ninguém." (...)"...não é uma espécie de 'jaula' onde se vai espreitar esses bichos raros e depravados que fumam..."
"Eles [os americanos] não proibem o fumo só em zonas onde se prejudique terceiros. Eles querem proibir o fumo, ponto final." E porquê?". (...) "Não, não é por preocupação ecológica que eles adoptam esta postura; é por cruzada moral. E isso é que aborrece". "Nos Estados Unidos, li há dias, um juiz condenou um casal a dois anos (dois anos, sublinho eu) de prisão por ter servido vinho e cerveja na festa do 16ª aniversário do seu filho. No estado onde se passou a cena (Virgínia), pode conduzir-se a partir dos 16 anos, pode comprar-se uma arma a partir dos 16 anos, pode ir-se para o exército a partir dos 18 anos, mas não se pode beber álcool antes dos 21 anos." " A polícia da terra interveio na festa de aniversário e os pais do jovem acabaram na prisão. Por terem servido vinho e cerveja, em sua casa, ao filho e aos amigos do filho."
E, pergunto eu agora: nos EUA há polícia de costumes que invade as casas, ou há bufos? Que sociedade de falsa moral é esta, onde nem a Igreja Católica escapa aos escândalos da pedofilia? E o tratado de Quioto, como aliás refere o autoa da peça?
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