Passa-se lá longe, é outra civilização e não nos diz respeito? Não estou tão certo disso. Refiro-me às eleições de Domingo, na Turquia. Erdogan saíu reforçado no Governo e os militares saem enfraquecidos. Como vai ser a próxima eleição do Presidente da República, que é quem tem competência de nomear o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, que é suposto tutelar o regime? O governo turco vai reforçar as reformas, ele que é pró-ocidental e pró-UE, embora pós-islamista?
E qual é a posição do governo português e da presidência do Conselho da UE em exercício, em relação à adesão da Turquia à UE: adesão plena, ainda que a prazo, após as necessárias reformas, ou apenas acolhe uma parceria privilegiada? É que, ou ando distraído, ou ainda não sei as respostas às perguntas que acabo de formular. E nós, cidadãos portugueses, temos opinião sobre o assunto, ou ainda não pensámos nisso? E devemos pensar, ou vamos deixar que os outros pensem? Para já, eu não tenho uma posição definitiva: encontro prós e vejo contras, embora me incline para a adesão plena, a seu tempo e após as tais reformas, ainda que sobrem inúmeros problemas.
1 comentário:
Ribeiro da Cunha:
É uma oportuna a sua dúvida.
Mas quanto a mim dvemos continuar com atenção sobre a evolução na Turquia.
Esta vitória pode ser um reforço da Democracia e do Estado laico. Mas os militares têm ainda muita força.
A UE deve continuar a negociação, que vai ser dificil e demorada.
Apoiar a corrente moderada e europeista é o caminho certo, para evoluir para a Russia e o Norte de
Africa.
Mas tudo está dependente do novo tratado e do sucesso das reúniões em curso.
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