Este é o título de um livro da brasileira (luso-descendente) Ângela Dutra de Menezes (que descobri na Visão de hoje), onde vem publicada uma pequena entrevista, de que trancrevo as 4 primeiras perguntas-respostas (saborosíssimas):
P - Como foi percorrer 500 anos em 23 dias [tempo que terá demorado a produção da obra]?
R - Foram 23 dias e 30 anos, incluindo tudo o que eu sabia sobre mim mesma, para criar a "receita do português". E algumas perguntas: porque é que os mouros ocuparam sete séculos a Península Ibérica e eu não falo árabe?...
P - Onde encontrou a resposta?
R - Ao descascar as capas que envolviam a nossa História e com a minha avó, que veio do Minho. Descobri todo o afecto que a aparente secura escondia. Eu perguntava quem é esse triste português que nos pariu tão alegre.
P - Quem é, afinal, o português?
R - Dou os ingredientes, basta misturar celtas, romanos, visigodos, mouros, judeus, cristãos, bater tudo, esperar 500 anos para desenformar e despejar no Novo Mundo. Dessa massa, os brasileiros herdaram a espectacular capacidade de miscigenação e o "jeitinho", nascido do jogo de cintura de 2 milhões de gatos pingados que se espalharam por cinco continentes.
P - Como conseguiram esse feito?
R - Com garra, aventura, paixão. Quem já fez amor com um português, ou vai parar aos cuidados cardiovasculares, de tanta emoção, ou descobre por que razão foi, para eles, tão fácil povoar meio mundo...
A entrevista continua, mas não posso/devo transcrevê-la na totalidade. O que aqui vai,penso, já vale a pena.
E é por estas e por outras que eu apreicio o Brasil e os brasileiros!
1 comentário:
Quando queremos somostão bons ou melhores que os outros.
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