sábado, 4 de agosto de 2007

"OS PIORES GANHAM DEMAIS"

O ainda Director-Geral dos Imposto dá hoje uma interessante entervista ao Expresso, de que retiro:
"(...)estou mais preocupado com a enorme quantidade de pessoas de qualidade que a administração pública tem e que frequentemente não reconhece como devia. Há uma total inversão ao nível de remunerações na administração pública: os piores ganham o que nunca ganhariam no privado e os melhores ganham muitíssimo menos do que deveriam. Vale a pena comparar o ordenado de um director-geral de impostos com o preço de um parecer de alguns juristas."
À pergunta "deveríamos começar por mudar os salários dos políticos?", responde: " O erro está ao nível dos salários do primeiro-ministro, do Presidente da República, dos deputados. O PR, por exemplo, ganha menos do que alguns directores de sucursais de agências bancárias, ou do que um director de «markting» com pouca experiência. Tem é de haver coragem para tratar da questão política - e director-geral não é um cargo político, é técnico.".
Os ordenados dos políticos tem sido uma "tabu". O assunto deveria ser encarado de frente (passe o pleonasmo), ser completamente transparente, rever as exclusividades, as acumulações, os extras, etc., etc. De outro modo, só se interessa pela poitica quem não sabe de outro ofício, isto é, com currículo muito magro, com os prejuízos daí advenientes para a causa pública.

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