quarta-feira, 24 de outubro de 2007

POR QUE NÃO UMA TIJELA DE ARROZ E UM KILO DE AÇUCAR?

Paulo Nunes de Almeida (é de fixar este nome), presidente da Associação Têxtil e de Vestuário do Norte (ATP), afirmou que "o objectivo do Governo de chegar a 2011 com um salário mínimo de 500 euros coloca 'uma boa parte das empresas numa situação de não poder continuar a laborar, pois é-lhes impossível acomodar o aumento dos custos(...')".
Isto, "para além de preconizar a redução do número de feriados, e como forma de contrabalançar a subida do salário mínimo, a ATP reclamou a isenção dos descontos para a Segurança Social das horas suplementares, a limitação dos montantes globais das indemnizações por despedimento, bem como a alteração do pagamemnto do total do rendimento anual dos trabalhadores de 14 para 12 meses, ou seja, o fim dos subsídios de Natal e de férias."
(Público)
Pergunto: só? Não se pode cortar mais nada? E por que não a semana de 60 horas e eliminação das férias, época em que os trabalhadores esbanjam o que não têm?

Quantas malgas de arroz e dúzias de jaquinzinhos são necessários para adquirir mais um Ferrari? Ou 'aquele' BM para o filhote?

Alguém explica àquele senhor que os custos com pessoal são apenas uma parte dos custos de produção e que aqueles custos têm vindo a cair sistematicamente na componente do rendimento nacional? E se olhassem para as restantes componentes, que não lhes merecem a devida atenção? Ou não estão interessados nisso?

1 comentário:

Anónimo disse...

Infelizmente esta é a doutrina que se está a incutir nos empresários, que estão destinados a se-lo, por curto prazo. Até conseguírem os tais carros os tais iates,as tais vivendas enfim a tudo o que têm direito,logo que seja à custa dos outros.O que é lamentável e provocador é que tenha sido a pessoa que é, a fazer esse tipo de análise.
Boa demonstração R.Cunha.