domingo, 9 de março de 2008

"DIZER MAL DE NÓS"

"Parece que Portugal existe apenas como cabide de desgraças descritas até ao mais ínfimo pormenor. E uma chaga sem corpo. Como está tudo mal, as reformas são impossíveis, pois não há nada a reformar. Os cadáveres são irreformáveis. Mas, se alguém tiver a ousadia de mostrar que há reformas inadiáveis para tornar viável o futuro da vida nacional, a reacção é imediata: não estraguem o país com reformas. Quando as reformas estão em marcha, era preciso ter tempo para as discutir porque são precisas, mas não assim. Depois, se as reformas não são realizadas, a orquestra dos mesmos começa a tocar: somos um país adiado, isto nunca mais vai para a frente".

Frei Bento Domingues, in Público

O que está escrito não é novo, mas é bom que se repita e que o diga quem sabe.

2 comentários:

Anónimo disse...

As reformas incomodam-nos, não é? Quem quer ver alteradas as suas rotinas? A verdade, no entanto, é que a humanidade só avançou porque houve quem quisesse alterar as coisas, que eram como adquiridas.

Anónimo disse...

Gostei desta análise. O Frei sabe o que diz. Se não se faz, devia fazer-se; se se faz, alguém é contra: é cedo, está mal feito, é prejudicial a certos sectores da sociedade, etc. É complicado...