Título da crónica de Vasco Pulido Valente, de hoje, no Público, de que transcrevo:
"Com uma sinceridade única na história portuguesa, Luís Filipe Menezes anunciou que o PS 'já não merece ser governo', mas que o PSD 'ainda não merece ser governo'. Isto, segundo o dito Menezes, cria um 'paradoxo' ou, noutra variante, 'um vazio' que ele acha 'complicado'. Como o país começa a perceber, um 'vazio complicado', pelo menos, cria. Infelizmente, o admirável pensador de Gaia não explica, e nunca explicou, por que razão o PSD, de que é o máximo responsável, 'ainda não merece ser governo' ou como tenciona ordenar, reformar e tornar elegível (e respeitável) o partido que ele próprio desorganizou e ridicularizou. O segredo da ressurreição do PSD continua imersa nas brumas da sua cabeça, enquanto ele se agita absurdamente por aí."
(...)"Nesta verdadeira emergência nacional, com o Estado Providência degradado e falido, Luís Filipe Menezes resolve declarar (alega ele que por 'humildade') que o PSD não sabe o que deve ou não deve fazer e não tem gente de qualidade e confiança para tomar conta das coisas. Talvez se pense que esta confissão bastava para o desautorizar e o remover instantaneamente da presidência do PSD. Engano. A singularidade indígena engole tudo."
"Um homem vem à cena e reconhece: 'Sou o chefe da oposição e não existe oposição. Sou o chefe de um partido sem programa e sem pesoal. Se amanhã me nomeassem primeiro-ministro, recusava ou, se aceitasse, aceitava por desonestidade ou inconsciência e levava com certeza o país para uma grande 'desgraça'".
(...)"os portugueses riem, com alegria e gosto. Sempre nos sai vada um, não é?".
Vasco Pulido Valente igual a si mesmo.
e no seu melhor.
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