«Não é protegendo os banqueiros e os políticos, que são os principais responsáveis pela crise, que esta se desvanece», sublinhou em declarações à agência Lusa, reconhecendo, contudo, ao plano da UE o mérito de vir «acalmar as bolsas».Mário Soares, que hoje esteve em Coimbra a participar numa conferência lusófona de geociências, sustentou que a crise se resolve pensando nas pessoas, nos pequenos accionistas, nas pessoas que estão desempregadas.«É preciso uma mudança do sistema, do capitalismo financeiro e especulativo – de uma economia de casino – para um capitalismo de rigor ético e uma globalização regulamentada», explicou.No entendimento do antigo chefe de Estado, vive-se actualmente «a maior crise do capitalismo», que considera mais grave que a dos anos 20 do século passado, uma crise múltipla – financeira, económica, ambiental, alimentar, energética, «mas sobretudo moral».Esta crise «é principalmente uma crise moral», que radica em «comportamentos especulativos, de quem só pensa no dinheiro como valor», observou.«São as ideias que fazem progredir o mundo, e não o dinheiro e os negócios, por maiores que sejam os negócios», sustentou, preconizando «o fim das economias de casino e os paraísos fiscais em que temos vivido».Na sua óptica, a crise ainda está no começo, «está para durar», e vai afectar todos os cidadãos, em maior ou menor grau, mas em relação à União Europeia diz preocupa-lo a sua «paralisação, por falta de coragem e liderança dos seus dirigentes».Contudo, Mário Soares deixa um tom de esperança ao frisar que as grandes crises, ao trazerem grandes dificuldades, «também abrem grandes oportunidades que é importante aproveitar».
NEM CAPITALISMO DE ESTADO, NEM CAPITALISMO DE CASINO.
ESTE TEM DE SER O SÉCULO DAS PESSOAS E DE NOVAS POLITICAS E POLITICOS.
A EUROPA TEM DE AFIRMAR-SE.
DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA. SAIBAMOS APROVEITÁ-LA E EXIGIR MUDANÇAS PROFUNDAS. NINGUÉM O FARÁ POR NÓS.
1 comentário:
As bolsa hoje animaram, o que é bom sinal.
Torna-se, porém, necessário que os governos atendam à economia real.
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