Uns dias a fio sem net, tv, jornais (apenas telemóvel para eventuais casos urgentes) é quase o prazer de que falava Pessoa ("Ai que prazer não cumprir um dever", dizia).
Parece que não perdi nada de importante. Não perdi "aquele" imperdível instante. Tudo previsível, ou quase.
O senhor Madaíl e o senhor Queiroz andam de calculadora numa mão e terço na outra, receando não poderem excursionar para a África do Sul.
As pré-campanhas eleitorais (legislativas e autárquicas quase sobrepostas) estão aí e parece que sem ponta de interesse. O país está inundado de cartazes que devem servir, para além de contribuirem para a poluição visual, apenas para desincentivar o voto do cidadão, seja pelos slogans, ocos, sem sentido ou pirosos, seja pelas fotos neles pespegadas. Uma pobreza franciscana. Os marqueteiros devem estar ainda de férias ou então perderam qualidades. Dá vontade de fugir ou, em alternativa, um gajo só pode rir a bandeiras despregadas com tanta inutilidade e primarismo.
A quase novidade é senhora Moniz ter sido mandada calar, ignorando-se quem deu a ordem. Sou o menos indicado para emitir opinião, já que, por uma questão de higiene, nunca assisti ao denominado Jornal Nacional. Porém, o timing parece-me pouco adequado, independentemente de quem beneficia ou é prejudicado com o facto. Mas fico enjoado com as virgens ofendidas pelo sacrilégio cometido, esquecendo-se de pecados antigos. Nada de novo, uma vez mais. A Terra continua a rodar sobre si própria em cerca de 24 horas e a dar a volta ao Sol em cerca de 365 dias.
Parece que Manuela Ferreira Leite fez grandes encómios ao grande democrata da Madeira. Lá está, nada de novo debaixo do Sol.
E como estou cansado do retiro a que me submeti, regresso a este espaço, mas devagarinho.
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