Mário Soares escreveu, num artigo de opinião no Diário de Notícias onde tece duras críticas ao actual executivo, que “o povo não existe para o primeiro-ministro e para o seu governo” e que Pedro Passos Coelho deve por isso ter “cuidado com o que lhe possa acontecer”. “Com o povo desesperado e, em grande parte, na miséria”, avisa o ex-presidente da República, Passos “corre imensos riscos”. Sem concretizar a ideia, Soares deixa no ar a dúvida sobre a que “riscos” se refere.
A reacção mais dura veio do líder da JSD. “Em Portugal, a Mário Soares parece que tudo se perdoa, mas há limites para a estupidez”, escreveu nas redes sociais Duarte Marques, apelando ao secretário-geral do PS, António José Seguro, para se demarcar das declarações do ex-chefe de Estado. “Aguardamos para ver, pois é o mínimo que se exige”, conclui o deputado social-democrata.
O vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, não vai tão longe, embora reconheça um tom “ameaçador” e “excessivo” nas palavras do ex-Presidente da República. Mas acredita que “não estamos, nem de perto nem de longe, na situação” de miséria referida no texto. Sendo “certo que o país atravessa um momento difícil, e que perante os sacrifícios exigidos as pessoas estão insatisfeitas”. O vice-presidente social-democrata está convicto, porém, que a economia vai começar a recuperar em 2013 e que a contestação vai abrandar com essa “viragem”.
No seu artigo, Mário Soares diz que Passos Coelho “tem Portugal inteiro contra ele”, inclusive “a maioria dos seus correligionários do PSD”. Pedro Pinto contesta, dizendo que a ideia “não faz o mínimo sentido”. “Dentro do partido, se formos contar as posições contrárias, não conseguimos juntar mais que uma mão cheia de pessoas”. Manuela Ferreira Leite ou António Capucho têm sido alguns dos dirigentes a criticar o executivo.
Do lado do PS, ao contrário do desafio lançado pelo líder dos jovens sociais-democratas, José Junqueiro considera que as palavras “assertivas” de Mário Soares espelham a “tensão social sem precedentes” em que o país se arrisca a mergulhar, resultado da actual política de austeridade. Mas ao mesmo tempo afasta a ideia de que o ex-chefe de Estado se referisse a “riscos pessoais” para o primeiro-ministro. O vice-presidente da bancada do PS prefere falar no “risco político” em consequência de “um país em polvorosa”, perante um governo em estado de “epilesia política”. O CDS não quis comentar o artigo do ex-presidente da República, Mário Soares.
QUANDO GENTINHA DESTA FALA EM NOME DO PSD PODEMOS ESTAR DESCANSADOS. O GAROTO DA JSD É USEIRO E VESEIRO EM SER MAL EDUCADO E GROSSO.
PEDRO PINTO FALA POR FALAR E NÃO DIZ NADA.
PORTUGAL ESTÁ ENTREGUE À BICHARADA ATÉ QUANDO?
HAJA RESPEITO POR OPINIÕES CONTRÁRIAS. A LIBERDADE E A DEMOCRACIA NÃO SERVEM PARA ESTES DISLATES.
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