quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nuno Santos está a ser ouvido, esta quarta-feira, na Comissão de Ética e na sua declaração inicial realçou que este seu “saneamento político” ocorre num momento muito delicado da vida da RTP, quando se discute a privatização de parte da empresa, como ainda esta terça-feira o consultor do Governo António Borges defendeu.
“O que temos em cima da mesa é um golpe de mão”, apontou o ex-director, que depois acrescentou: “A partir de um certo momento tornou-se evidente que eu era uma pessoa non grata para o Governo. Porque deixava fazer informação contra o Governo? Não, apenas uma informação correcta e isenta.”
Nuno Santos deu vários exemplos de assuntos abordados “que causaram grande incómodo – o que é normal”, entre os quais se contam o caso do acompanhamento da licenciatura do ministro Miguel Relvas, que provocou “grande incómodo no Governo”. “Fizemos o que devíamos ter feito: tratámos com isenção.”
O ex-director garantiu não ter dado, “em nenhum momento, autorização nem expressa nem velada para o visionamento ou cópia das imagens”, contrariando as conclusões do inquérito interno que diz que foi Nuno Santos quem autorizou.

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