16 de Fevereiro, 2013por Luís Gonçalves
Já este mês, o Governo vai negociar uma revisão das metas do OE2013 com a troika e, em Março, vai pedir a Bruxelas um alívio da austeridade. Só no 4.º trimestre de 2012, a economia contraiu 3,8%, destruiu 125 mil empregos e as exportações para os três maiores destinos afundaram 5,7%.
De rastos e em queda livre. Este é o estado da economia portuguesa, após um ano e meio de intervenção externa, mais de 10 mil milhões de euros em austeridade e uma política europeia marcada pela lentidão. Os efeitos recessivos da política dos credores internacionais (FMI, BCE e CE) e do ‘além troika’, decretado por Passos Coelho, continuam a surpreender pela negativa e a superar as estimativas do Governo. A realidade é que, apesar de algum alívio na frente financeira, Portugal continua sem dar sinais de retoma.
No último trimestre de 2012, a economia portuguesa sofreu a maior queda dos últimos três anos, destruiu mais de 125 mil emprego e viu as vendas para os seus maiores mercados afundarem.
O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 3,8% nos últimos três meses de 2012, face ao período homólogo, naquele que foi o pior trimestre desde a intervenção externa em 2011, com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na quinta-feira. Em comparação com o período de Julho a Setembro (queda de 0,9%), as notícias não foram melhores. A economia contraiu 1,8%.
Com uma recessão mais profunda do que a estimada em 2012 (3,2% do INE contra 3,0% do OE2013) e com um desvio de 600 milhões de euros nas receitas fiscais, o Executivo inicia assim o ano obrigado a rever em baixa as estimativas macroeconómicas com a troika já este mês, durante a sétima avaliação ao país, que arranca a 27 de Fevereiro. A correcção deverá ser próxima dos valores avançados pelo Banco de Portugal (queda de 1,9% do PIB).
Ainda este mês, o Executivo vai pedir o adiamento do plano de corte de 4 mil milhões na despesa do Estado à troika (ver pág.4 e 5). Em Bruxelas, espera-se que Lisboa peça algum alívio na austeridade durante o Conselho Europeu de 4 e 5 de Março – seguindo as pisadas de Espanha, Irlanda e Grécia – e aproveite a luz verde de mais tempo para pagar os empréstimos da troika.
QUE SE LIXE A TROIKA
No último trimestre de 2012, a economia portuguesa sofreu a maior queda dos últimos três anos, destruiu mais de 125 mil emprego e viu as vendas para os seus maiores mercados afundarem.
O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 3,8% nos últimos três meses de 2012, face ao período homólogo, naquele que foi o pior trimestre desde a intervenção externa em 2011, com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na quinta-feira. Em comparação com o período de Julho a Setembro (queda de 0,9%), as notícias não foram melhores. A economia contraiu 1,8%.
Com uma recessão mais profunda do que a estimada em 2012 (3,2% do INE contra 3,0% do OE2013) e com um desvio de 600 milhões de euros nas receitas fiscais, o Executivo inicia assim o ano obrigado a rever em baixa as estimativas macroeconómicas com a troika já este mês, durante a sétima avaliação ao país, que arranca a 27 de Fevereiro. A correcção deverá ser próxima dos valores avançados pelo Banco de Portugal (queda de 1,9% do PIB).
Ainda este mês, o Executivo vai pedir o adiamento do plano de corte de 4 mil milhões na despesa do Estado à troika (ver pág.4 e 5). Em Bruxelas, espera-se que Lisboa peça algum alívio na austeridade durante o Conselho Europeu de 4 e 5 de Março – seguindo as pisadas de Espanha, Irlanda e Grécia – e aproveite a luz verde de mais tempo para pagar os empréstimos da troika.
QUE SE LIXE A TROIKA
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