Chamem-me o que quiserem ⁄ A traição autárquica do PSD
A traição autárquica do PSD
Henrique MonteiroNão posso aceitar que um homem que esgotou os mandatos em Sintra possa fazer mais em Lisboa. O mesmo para Gaia e Porto. A ideia é politicamente repugnante, porque retira toda a carga simbólica do poder autárquico, o qual deveria ser exercido de baixo para cima e não de cima para baixo.O PSD, e outros partidos (até já o CDS entrou na jogatana), traíram o princípio da limitação de mandatos com a mais estúpida das justificações - a de que esse limite se refere a uma câmara específica. Como se as teias de interesse seja nas obras públicas, futebóis ou outro tipo de lóbis, se recusasse a deslocar cinco ou 10 quilómetros. A limitação de mandatos, seja nas autarquias, seja na chefia do Estado destina-se a impedir que redes de interesses se mantenham indefinidamente. Aliás, a limitação deveria ser um princípio geral da vida política em todos os escalões.O jornal I, hoje, ouve magistrados que dizem que tanto Seara como Meneses devem ser impedidos de levar as candidaturas adiante. Ainda bem, se assim for. Mas o simples facto de eles receberem o apoio partidário é muito revelador. E até me dá azo a uma grande provocação: por que não deixar candidatar Isaltino? Afinal, se a limitação dos mandatos é assunto tão local, o mesmo se poderá um dia aplicar a outros aspectos menos nobres da vida autárquica.A MAIORIA PSD/CDS AINDA ACREDITA EM MILAGRES.A LEI É CLARA: 3 MANDATOS, PONTO FINAL.
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