Governo anuncia revisão das estimativas da quebra do PIB para 2% e sugere mais tempo para reduzir o défice. Pedro Santos Guerreiro comenta.
Vítor Gaspar anunciou esta manhã no Parlamento que o Governo vai rever as suas estimativas para o PIB em 2013, devendo fixar um novo número para a recessão, que passa de 1% previstos no Orçamento do Estado, apresentado em Outubro, para 2%.
Num comentário instantâneo, Pedro Santos Guerreiro explica as razões desta revisão e afirma que ela não é surpreendente, tendo em conta que já só o Governo acreditava nas suas próprias previsões. O que surpreende, afirma o director do Negócios, é a altura em que a revisão é feita: logo no início do ano e antes da avaliação da troika, o que acontece pela primeira vez e expõe uma forma de negociação mais agressiva do que até aqui.
A derrapagem no PIB e no défice implicará mais austeridade? O corte adicional de cerca de 800 milhões de euros na despesa parece inevitável, sendo também admissível que o Governo avance com um programa de rescisões amigáveis na função pública, financiadas por uma receita extraordinárias (transferência do fundo de pensões do Banco de Portugal?), sobretudo se o Tribunal Constitucional chumbar medidas previstas no Orçamento do Estado para as pensões. Mas a resposta completa sobre se haverá ou não mais austeridade depende da troika. E é importante lembrar que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, indicou esta semana que Portugal não pode alterar o seu programa de ajustamento, o que significa que Portugal poderá ter mais tempo mas não mais dinheiro.
Vítor Gaspar está preocupado com o desemprego e invocou a necessidade de avançar com políticas de promoção ao investimento. As ferramentas parecem ser a reforma do IRC e formas de forçar a banca (nomeadamente a banca intervencionada) a conceder mais crédito mais barato às empresas.
Num comentário instantâneo, Pedro Santos Guerreiro explica as razões desta revisão e afirma que ela não é surpreendente, tendo em conta que já só o Governo acreditava nas suas próprias previsões. O que surpreende, afirma o director do Negócios, é a altura em que a revisão é feita: logo no início do ano e antes da avaliação da troika, o que acontece pela primeira vez e expõe uma forma de negociação mais agressiva do que até aqui.
A derrapagem no PIB e no défice implicará mais austeridade? O corte adicional de cerca de 800 milhões de euros na despesa parece inevitável, sendo também admissível que o Governo avance com um programa de rescisões amigáveis na função pública, financiadas por uma receita extraordinárias (transferência do fundo de pensões do Banco de Portugal?), sobretudo se o Tribunal Constitucional chumbar medidas previstas no Orçamento do Estado para as pensões. Mas a resposta completa sobre se haverá ou não mais austeridade depende da troika. E é importante lembrar que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, indicou esta semana que Portugal não pode alterar o seu programa de ajustamento, o que significa que Portugal poderá ter mais tempo mas não mais dinheiro.
Vítor Gaspar está preocupado com o desemprego e invocou a necessidade de avançar com políticas de promoção ao investimento. As ferramentas parecem ser a reforma do IRC e formas de forçar a banca (nomeadamente a banca intervencionada) a conceder mais crédito mais barato às empresas.
Sem comentários:
Enviar um comentário