Parpública abdica dos dividendos da EDP na venda de 4,14%
Por Ana Suspiro, publicado em 16 Fev 2013 - 03:10 | Actualizado há 19 horas 8 minutos
Os compradores das últimas acções do Estado têm direito a dividendos do lucro de 2012. Em causa podem estar cerca de 26 milhões
O Estado vendeu as últimas acções da EDP com um desconto de 3% face à cotação da véspera. O negócio também exclui o dividendo associado aos resultados de 2012.
“As acções vendidas terão direito ao dividendo de 2012 quando o mesmo for distribuído a quem for o titular das acções no momento do seu pagamento”, disse ao i fonte oficial da Parpública, a holding do Estado que fez o negócio. A mesma fonte adianta que o “preço actual das acções, de qualquer acção cotada, incorpora as perspectivas de recebimento dos dividendos”.
Os lucros da EDP de 2012 serão anunciados a 5 de Março e só a partir dessa data a administração fará uma proposta de aplicação dos resultados. Esta terá de ser aprovada em assembleia--geral e a distribuição do dividendo ocorre normalmente em Maio. Apesar das incógnitas, sobre o lucro da EDP e sobre a fatia que será distribuída aos accionistas, já é possível fazer algumas contas quanto à previsível receita associada aos cerca de 150 milhões de acções que a Parpública colocou junto de investidores institucionais.
Se o lucro anual cair 5%, em linha com o resultado do terceiro trimestre de 2012, e a EDP mantiver um pay out da ordem dos 60% (fatia do resultado que será paga aos accionistas), estará em causa um encaixe da ordem dos 26 milhões de euros brutos que o Estado deixa de receber relativo a uma participação de 4,14% que foi sua durante todo o ano de 2012. Por outro lado, a venda aproveitou um momento de alta das cotações que poderia não se manter.
Os dividendos foram tema de discussão na anterior privatização. O Estado aceitou vender 21,35% à China Three Gorges no final de 2011, mas a operação só ficou toda paga em Maio de 2012.
O relatório semestral da Parpública revela que, “não obstante as participações na EDP e na REN terem sido alienadas em 2012, a Parpública recebeu os dividendos destas participações relativos ao exercício de 2011”. No caso da EDP foram 172,4 milhões de euros.
Há um ano a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, explicou no parlamento que se houvesse distribuição de dividendos entre a data do primeiro contrato e o momento final da transacção, esse valor seria deduzido ao preço da compra. Se fosse depois, o dividendo pertenceria aos novos accionistas. Mas se na venda à China Three Gorges houve um prémio substancial face à cotação de mercado, na última transacção o Estado até aceitou um ligeiro desconto.
É ESTE O CAPITALISMO SELVAGEM QUE LEVARÁ O MUNDO À RUINA.
“As acções vendidas terão direito ao dividendo de 2012 quando o mesmo for distribuído a quem for o titular das acções no momento do seu pagamento”, disse ao i fonte oficial da Parpública, a holding do Estado que fez o negócio. A mesma fonte adianta que o “preço actual das acções, de qualquer acção cotada, incorpora as perspectivas de recebimento dos dividendos”.
Os lucros da EDP de 2012 serão anunciados a 5 de Março e só a partir dessa data a administração fará uma proposta de aplicação dos resultados. Esta terá de ser aprovada em assembleia--geral e a distribuição do dividendo ocorre normalmente em Maio. Apesar das incógnitas, sobre o lucro da EDP e sobre a fatia que será distribuída aos accionistas, já é possível fazer algumas contas quanto à previsível receita associada aos cerca de 150 milhões de acções que a Parpública colocou junto de investidores institucionais.
Se o lucro anual cair 5%, em linha com o resultado do terceiro trimestre de 2012, e a EDP mantiver um pay out da ordem dos 60% (fatia do resultado que será paga aos accionistas), estará em causa um encaixe da ordem dos 26 milhões de euros brutos que o Estado deixa de receber relativo a uma participação de 4,14% que foi sua durante todo o ano de 2012. Por outro lado, a venda aproveitou um momento de alta das cotações que poderia não se manter.
Os dividendos foram tema de discussão na anterior privatização. O Estado aceitou vender 21,35% à China Three Gorges no final de 2011, mas a operação só ficou toda paga em Maio de 2012.
O relatório semestral da Parpública revela que, “não obstante as participações na EDP e na REN terem sido alienadas em 2012, a Parpública recebeu os dividendos destas participações relativos ao exercício de 2011”. No caso da EDP foram 172,4 milhões de euros.
Há um ano a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, explicou no parlamento que se houvesse distribuição de dividendos entre a data do primeiro contrato e o momento final da transacção, esse valor seria deduzido ao preço da compra. Se fosse depois, o dividendo pertenceria aos novos accionistas. Mas se na venda à China Three Gorges houve um prémio substancial face à cotação de mercado, na última transacção o Estado até aceitou um ligeiro desconto.
É ESTE O CAPITALISMO SELVAGEM QUE LEVARÁ O MUNDO À RUINA.
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