Adriano Moreira defende que a Europa pode “deixar” de ter “voz no mundo”
Por Agência Lusa, publicado em 12 Abr 2013
O professor universitário Adriano Moreira defendeu hoje, em Ponta Delgada, que se a União Europeia “falhar” no combate à recessão económica e financeira com que é confrontada, a Europa “deixa de ter voz no mundo”.
Adriano Moreira falava à agência Lusa, à margem da apresentação da obra “Os Açores, a Política Externa Portuguesa e o Atlântico”, com prefácio da sua autoria, cujo autor é o professor da Universidade dos Açores, Luís Andrade, especialista em relações internacionais e estratégia.
“Se a União Europeia falhar a Europa deixa de ter voz no mundo e o projeto que parecia ser alternativo para países pobres da Europa, que são todos os do norte do Mediterrâneo, também não se mostra muito fácil”, declarou o ex-docente universitário, de 90 anos.
De acordo com o antigo ministro do Ultramar, a defesa e manutenção da unidade da Europa é “fundamental” e esta é uma “inquietação” que se deveria dispensar que fosse “somada” à crise financeira e económica que está a atingir Portugal e o velho continente.
Adriano Moreira considera a atual conjuntura nacional “extremamente grave” e que o desemprego, a angústia e o receio do futuro só “desanimam” a sociedade civil portuguesa.
“Nunca vi o país numa situação tão grave como a atual, não apenas pelas dificuldades financeiras, que são enormes, mas também pela dificuldade que há em criar uma unidade de espírito nacional, que está constantemente a ser dificultado pelos interesses partidários ou corporativos”, defendeu.
Apesar da crise que impera, Adriano Moreira tem esperança que Portugal e a Europa sejam “capazes de ultrapassar este momento” menos positivo da sua existência.
Mas o ex-professor universitário mantém “algumas dúvidas”, que se “agravam”, sobre se a relação que tem de ser de confiança entre a sociedade civil, o governo e a comunidade internacional não está, sobretudo na área da União Europeia, a ser “atingida por golpes que são preocupantes” em relação ao futuro.
Referindo-se especificamente aos Açores, Adriano Moreira considera que o arquipélago tem uma “grande importância” porque a mudança da conjuntura mundial é “muito rápida” e “difícil” de seguir.
Para Adriano Moreira é claro que, tal como no passado, os Açores são uma “peça fundamental” para a segurança do Atlântico, que se “mantém” apesar da retirada dos EUA, que “não podem dominar” toda a evolução da conjuntura internacional.
Sobre a plataforma continental, o antigo líder do CDS-PP defendeu que Portugal tem que lutar para que esta seja reconhecida como portuguesa, algo que não está assegurado.
“Julgo que isto não está garantido, apesar de várias instâncias interessadas, apesar dos estudos sólidos que se tem feito nas universidades, entre elas a dos Açores, mas também de Aveiro e do Algarve. É preciso reconhecer a soberania portuguesa sobre esta plataforma em antecedência ao que está em curso sobre a definição do mar europeu, visando evitar a partilha por parte dos estados europeus”,
Adriano Moreira falava à agência Lusa, à margem da apresentação da obra “Os Açores, a Política Externa Portuguesa e o Atlântico”, com prefácio da sua autoria, cujo autor é o professor da Universidade dos Açores, Luís Andrade, especialista em relações internacionais e estratégia.
“Se a União Europeia falhar a Europa deixa de ter voz no mundo e o projeto que parecia ser alternativo para países pobres da Europa, que são todos os do norte do Mediterrâneo, também não se mostra muito fácil”, declarou o ex-docente universitário, de 90 anos.
De acordo com o antigo ministro do Ultramar, a defesa e manutenção da unidade da Europa é “fundamental” e esta é uma “inquietação” que se deveria dispensar que fosse “somada” à crise financeira e económica que está a atingir Portugal e o velho continente.
Adriano Moreira considera a atual conjuntura nacional “extremamente grave” e que o desemprego, a angústia e o receio do futuro só “desanimam” a sociedade civil portuguesa.
“Nunca vi o país numa situação tão grave como a atual, não apenas pelas dificuldades financeiras, que são enormes, mas também pela dificuldade que há em criar uma unidade de espírito nacional, que está constantemente a ser dificultado pelos interesses partidários ou corporativos”, defendeu.
Apesar da crise que impera, Adriano Moreira tem esperança que Portugal e a Europa sejam “capazes de ultrapassar este momento” menos positivo da sua existência.
Mas o ex-professor universitário mantém “algumas dúvidas”, que se “agravam”, sobre se a relação que tem de ser de confiança entre a sociedade civil, o governo e a comunidade internacional não está, sobretudo na área da União Europeia, a ser “atingida por golpes que são preocupantes” em relação ao futuro.
Referindo-se especificamente aos Açores, Adriano Moreira considera que o arquipélago tem uma “grande importância” porque a mudança da conjuntura mundial é “muito rápida” e “difícil” de seguir.
Para Adriano Moreira é claro que, tal como no passado, os Açores são uma “peça fundamental” para a segurança do Atlântico, que se “mantém” apesar da retirada dos EUA, que “não podem dominar” toda a evolução da conjuntura internacional.
Sobre a plataforma continental, o antigo líder do CDS-PP defendeu que Portugal tem que lutar para que esta seja reconhecida como portuguesa, algo que não está assegurado.
“Julgo que isto não está garantido, apesar de várias instâncias interessadas, apesar dos estudos sólidos que se tem feito nas universidades, entre elas a dos Açores, mas também de Aveiro e do Algarve. É preciso reconhecer a soberania portuguesa sobre esta plataforma em antecedência ao que está em curso sobre a definição do mar europeu, visando evitar a partilha por parte dos estados europeus”,
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