O CDS pede? O CDS não tem
Não sei bem o que anda a fazer Paulo Portas, quando não está no estrangeiro. Talvez a escrever o tal documento sobre a reforma do Estado, que já foi anunciado tantas vezes como António Pires de Lima pediu uma remodelação mais vasta. Mas há uma coisa que sei: a opinião de Paulo Portas não contou rigorosamente nada na crise da saída de Miguel Relvas e cada vez é menos ouvida junto de Vítor Gaspar.
Com a ascensão de Miguel Poiares Maduro, o CDS sofreu outro rude golpe. Percebeu que Pedro Passos Coelho nunca dará um lugar central na coordenação política e de comunicação do Executivo. Mas isto não acontece apenas pelo facto de o PSD e do CDS serem partidos diferentes e de dimensão também muito diferente. Acontece porque Passos Coelho nunca perdoará ao CDS o episódio da TSU.
Nessa fatídica semana de setembro acontecerem três coisas: a popularidade do Governo caiu a pique e nunca mais recuperou, o CDS decidiu ficar no Governo até ao fim e Pedro Passos Coelho deixou de confiar plenamente em Paulo Portas. É por isso que os pedidos que o CDS faz publicamente têm tido cada vez menos importância.
TANTAS HORAS DE REUNIÃO PARA A MONTANHA PARIR UM RATO.
AGORA COMEÇA A FASE DA AGENCIA DE COMUNICAÇÃO QUE SERVE O GOVERNO COMEÇAR A MONTAR A CONFUSÃO PARA CONVENCER OS INCAUTOS.