Assis exige “racionalidade e isenção” a Cavaco
Inês David Bastos02/05/13 10:12
Ex-candidato à liderança do PS acusa Presidente da República de se ter deixado “aprisionar” pela maioria parlamentar.
O discurso de Cavaco Silva na sessão solene do 25 de Abril continua a gerar uma onda de críticas no PS. Hoje, num artigo de opinião no jornal "Público", Francisco Assis diz que Cavaco cometeu "um erro crasso" ao identificar-se "superlativamente com a figura do primeiro-ministro".
Assis exigiu a Cavaco que passe a adoptar um comportamento de "racionalidade e isenção" para poder "sobreviver ao último desatino", argumentando que o Presidente "nada tem a lucrar" com uma "excessiva identificação" com as políticas governamentais.
O ex-líder parlamentar do PS (que perdeu a liderança do partido para António José Seguro) critica o chefe de Estado por ter optado no 25 de Abril pela "colagem quase acrítica ao Executivo" e diz que não "se consegue antever facilmente um motivo razoável para que o Presidente da República enverede por tão suicidário caminho".
"Esperemos que este comportamento não seja o resultado de uma reacção instintiva ao regresso de José Sócrates ao espaço mediático nacional", diz Assis, para quem "a última coisa" que o país precisa é de um "Presidente da República incapaz de superar uma tentação do tipo pavloviano".
Numa altura destas, prossegue Assis, "carecíamos de um Presidente da República verdadeiramente dotado de independência, em condições de desempenhar uma função mediadora e de promover autênticos consensos".
Logo depois de Cavaco ter feito o seu discurso, a direcção do PS veio atacar o Presidente, afirmando que mais do que unir, Cavaco desuniu.
Também Manuel Maria Carrilho criticou hoje o Presidente da República, num artigo de opinião publicado no Diário da República. Para o ex-ministro socialista, os portugueses estão a sentir "fadiga" do chefe de Estado, que fez a "apologia da inutilidade" da Revolução dos Cravos na sua intervenção no 25 de Abril. "É que há no bizarro apelo ao consenso do Presidente da República dois problemas: um de 'timing' e outro de conceito", diz Carrilho, lembrando que o consenso "exige uma magistratura presidencial extremamente trabalhosa e exigente do ponto de vista da comunicação e da pedagogia". Para Carrilho, o magistério de Cavaco tem sido "estritamente funcional, burocrático, minimalista, no limite vertiginosamente apolítico".
Cavaco irritou o PS quando no 25 de Abril optou por focar os aspectos positivos do cumprimento do memorando da 'troika', afirmando que sob pena de um segundo resgate PS e Governo tinham mesmo de se entender, independentemente de quem estivesse no Governo ou na oposição. Mas logo de seguida deixou claro que é contra eleições antecipadas e que não vai criar uma crise política
VAMOS TER UM VERÃO QUENTE?
Assis exigiu a Cavaco que passe a adoptar um comportamento de "racionalidade e isenção" para poder "sobreviver ao último desatino", argumentando que o Presidente "nada tem a lucrar" com uma "excessiva identificação" com as políticas governamentais.
O ex-líder parlamentar do PS (que perdeu a liderança do partido para António José Seguro) critica o chefe de Estado por ter optado no 25 de Abril pela "colagem quase acrítica ao Executivo" e diz que não "se consegue antever facilmente um motivo razoável para que o Presidente da República enverede por tão suicidário caminho".
"Esperemos que este comportamento não seja o resultado de uma reacção instintiva ao regresso de José Sócrates ao espaço mediático nacional", diz Assis, para quem "a última coisa" que o país precisa é de um "Presidente da República incapaz de superar uma tentação do tipo pavloviano".
Numa altura destas, prossegue Assis, "carecíamos de um Presidente da República verdadeiramente dotado de independência, em condições de desempenhar uma função mediadora e de promover autênticos consensos".
Logo depois de Cavaco ter feito o seu discurso, a direcção do PS veio atacar o Presidente, afirmando que mais do que unir, Cavaco desuniu.
Também Manuel Maria Carrilho criticou hoje o Presidente da República, num artigo de opinião publicado no Diário da República. Para o ex-ministro socialista, os portugueses estão a sentir "fadiga" do chefe de Estado, que fez a "apologia da inutilidade" da Revolução dos Cravos na sua intervenção no 25 de Abril. "É que há no bizarro apelo ao consenso do Presidente da República dois problemas: um de 'timing' e outro de conceito", diz Carrilho, lembrando que o consenso "exige uma magistratura presidencial extremamente trabalhosa e exigente do ponto de vista da comunicação e da pedagogia". Para Carrilho, o magistério de Cavaco tem sido "estritamente funcional, burocrático, minimalista, no limite vertiginosamente apolítico".
Cavaco irritou o PS quando no 25 de Abril optou por focar os aspectos positivos do cumprimento do memorando da 'troika', afirmando que sob pena de um segundo resgate PS e Governo tinham mesmo de se entender, independentemente de quem estivesse no Governo ou na oposição. Mas logo de seguida deixou claro que é contra eleições antecipadas e que não vai criar uma crise política
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