terça-feira, 25 de junho de 2013

Miguel Poiares Maduro e a sua equipa vão começar a fazer briefings diários com a imprensa a partir da próxima semana. Nada contra a ideia, apesar de ter alguma dúvidas sobre o seu sucesso. E as dúvidas só existem porque um briefing só funciona se quem o promover souber, de facto, o que se passa no governo e o que está o governo a fazer. Ou tentar fazer.
Um simples exemplo: ontem, enquanto decorriam importantes negociações no Ministério da Educação entre Nuno Crato e os sindicatos, Helder Rosalino deu uma entrevista ao Diário Económico onde dava largas ao seu pensamento sobre o que era ou não razoável os professores exigirem. Hélder Rosalino não é primeiro-ministro, não é sequer ministro. Hélder Rosalino é secretário de Estado da Administração Pública, mas não foi capaz de conter a sua opinião apesar de estar um ministro a negociar com sindicatos e, como se está a ver hoje, a tentar chegar a um acordo.
É estranho que o governo não tenha uma só voz em público no meio de uma negociação tão delicada e feita na ressaca de uma greve que prejudicou tantos alunos. É só por isso que deixo uma singela sugestão ao executivo. Antes de começarem os briefings com os jornalistas - e o Expresso lá estará quando for convocado - façam um briefing no governo. E comecem por explicar que um secretário de Estado de uma pasta não pode falar publicamente sobre um tema tutelado por outra pasta enquanto um ministro negoceia com sindicatos em pé de guerra. Está em qualquer livro sobre comunicação política. E logo nas primeiras páginas
 
PASSAR DO 8 PARA O 80 DÁ MAU RESULTADO

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