terça-feira, 16 de julho de 2013

Hungria rompe com FMI

O governador do banco central húngaro enviou hoje uma carta a Christine Lagarde solicitando o fecho do escritório do Fundo em Budapeste.
Jorge Nascimento Rodrigues
Gyorgy Matolcsy, governador do Magyar Nemzeti Bank, o banco central da Hungria, escreveu hoje uma carta à diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, solicitando o fecho do escritório do Fundo em Budapeste. O banqueiro central alegou que não é necessário manter a presença do FMI no país. Matolcsy era o anterior ministro da Economia do governo chefiado por Viktor Orbán.
A Hungria, durante a crise de 2008, contraiu em novembro um empréstimo junto do FMI, da União Europeia e do Banco Mundial num total de 20 mil milhões de euros, na vigência do anterior governo. Orbán formou governo em 2010. Naquele montante, a linha de empréstimo por parte do FMI foi de 15,7 mil milhões de dólares (cerca de 12,4 mil milhões de euros ao câmbio da altura).
O atual governo declara que reembolsará o FMI do que lhe deve até final do ano. A Hungria tem três pagamentos para realizar ao Fundo, segundo as contas que apresentou: duas tranches de 913 milhões de euros no terceito e quarto trimestre deste ano e uma última de 299 milhões no primeiro trimestre de 2014. O país pretende antecipar esse pagamento de 2014.
Em resposta à Reuters, o FMI respondeu que não substituirá a sua representante Iryna Ivaschenko, quando esta terminar em agosto a estadia.
No final de 2011, o então ministro da Economia Matolcsy iniciou negociações com o FMI para a obtenção de uma linha "cautelar", que nunca  se concretizou. Em fevereiro de 2013, o Tesouro húngaro regressou aos mercados da dívida, pela primeira vez desde há dois anos, com uma emissão de obrigações em dólares num montante de 3,25 mil milhões.
O atual governo húngaro tem sido acusado pelo Parlamento Europeu e pela Comissão Europeia de "comportamentos anti-democráticos", desde que Viktor Orbán entrou em funções. Em 2014 ocorrerão eleições legislativas. Segundo o "Budapost", esta decisão do governo tem um duplo objetivo: influenciar os mercados da dívida no sentido de uma descida das yields dos títulos e marcar pontos na próxima campanha eleitoral.
 
É PRECISO A EUROPA DIZER AO FMI QUE NÃO PRECISAMOS DE TUTORES.
O BCE QUE ALTERE OS ESTATUTOSA PARA DAR CRÉDITO AOS PAISES.

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