domingo, 29 de setembro de 2013

Votar, apesar de tudo

Henrique Monteiro
Apesar de tudo, apesar da desconfiança geral, o nosso dever é votar. Se queremos direitos, havemos de aceitar deveres. E votar é um dever.
Não sustento, nem jamais sustentei, que o voto seja obrigatório, como, por exemplo, na Bélgica. As obrigações cívicas devem, sempre que possível, resultar da consciência pessoal e não da imposição externa. Assim mesmo defendo que cada um vote e todos podem votar por e com motivos diferentes.
1) O voto de convicção - aqueles que entendem que estão a contribuir para a eleição ou para o fortalecimento de uma causa ou de um projeto válido;
2) O voto útil - aqueles que querem impedir que um projeto ou uma causa que consideram errada saia vencedora ou fortalecida;
3) O voto branco ou nulo - aqueles que não achando nada do que atrás ficou dito, querem vincar que cumprem o seu dever cívico. Uns marcando a falta de alternativa (branco), outros protestando (nulo)
4) O voto inútil - aqueles que sabendo que a formação em que votam não tem quaisquer hipóteses e pode até ser ridícula, mas ainda assim cumprem o seu dever de uma forma lúdica.
Haverá outras formas e motivações para votar, mas o importante é que cada um pense que este é o contributo que o país lhe pede - o único aliás que se exerce sem pagar.
Votemos,pois!


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