Economistas do banco norte-americano estimam que Portugal precisa de mais 30 mil milhões de euros dos credores oficiais.
O Goldman Sachs defende num relatório que Portugal irá necessitar de mais fundos da Europa para sobreviver após o fim do actual programa. O banco não acredita que Portugal venha a reconquistar o acesso ao mercado. "Não esperamos que Portugal consiga o acesso pleno aos mercados", referem os economistas do Goldman Sachs, Francesco Garzarelli, Silvia Ardagna e Mariano Cena, num relatório a que o Económico teve acesso. Assim, estimam que dadas as necessidades de financiamento do Estado e as amortizações de dívida nos próximos anos (21 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro e 15 mil milhões em dívida de médio e longo prazo), Portugal tenha de receber mais um empréstimo em torno dos 30 mil milhões de euros.
O banco justifica esta posição com "os riscos em torno da conclusão bem-sucedida do programa". E refere que "apesar de uma revisão em alta das estimativas para o crescimento, o desemprego continua elevado, a política orçamental está a ser um entrave para o crescimento e as futuras decisões do Tribunal Constitucional em algumas medidas de corte da despesa podem forçar o governo a procurar medidas alternativas".
Assim, o cenário base do Goldman Sachs para Portugal é de que o País necessitará de "fundos adicionais dos credores, um reperfilamento [extensão das maturidades] dos actuais empréstimos do sector oficial e, potencialmente, a recompra de obrigações em que a data das amortizações seja complicada". O banco refere que "o grande problema para os actuais e futuros detentores de obrigações é se o soberano irá receber fundos adicionais, sujeitos a condicionalidade, por parte dos parceiros da zona euro, ou se será pedido ao País que entre numa reestruturação de dívida antes dos novos fundos do sector oficial serem disponibilizados".
Apesar desta dúvida, que tem afugentado alguns investidores da dívida pública, os economistas do Goldman Sachs consideram que quaisquer medidas que venham a envolver os investidores privados "não iriam melhorar de forma significativa a sustentabilidade da dívida" e que teriam impacto negativo não só nos bancos portugueses mas que também poderiam contagiar Espanha e Itália. "Isto seria muito indesejável" porque poderia desestabilizar a situação financeira da banca europeia durante os testes de stress que se aproximam, concluem os economistas do banco.
COM OS PALPITES DO GOLDMAN QUE AJUDOU A GRÉCIA A IR AO FUNDO, PODEMOS ESTAR DESCANSADOS QUE HÁ SEGUNDO RESGATE SEJA COBERTO DO QUE SEJA.
CARLOS MOEDAS O PORTA-VOZ DO GOLDMAN JÁ RESPONDEU E DIZ QUE VAI HAVER EMPRÉSTIMO CAUTELAR.
ONTEM FOI O MINISTRO, HOJE É O SECRETÁRIO DO 1º. MINISTRO. E O 1º. MINISTRO PAULO PORTAS PORQUE NÃO FALA?
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