Eduardo Catroga critica, em declarações ao Económico, o facto de não ter havido uma discussão séria sobre a reforma do Estado.
O responsável pela elaboração do programa do Governo defende, a poucas horas da entrega do Orçamento do Estado para 2014, que este documento tem que ser analisado à luz do programa de ajustamento que Portugal está obrigado a cumprir. "Qualquer que fosse o Governo qualquer que fosse a equipa das Finanças, teria que cumprir o que acordamos com os credores", disse.
No entanto, Eduardo Catroga critica o facto de a reforma do Estado continuar a não ser uma prioridade. "A reforma do Estado será feita por pressão dos credores. Não houve discussão, mesmo entre os partidos da coligação, sobre a reforma do Estado. Vai demorar anos", aponta, o ex-ministro das Finanças. Acrescentando: "Quem nos vai pôr na ordem são os credores".
O social-democrata não se quer alongar no comentários sobre o Orçamento do estado para 2014, antes do documento ser divulgado, até porque "há muita demagogia no ar". Muita especulação e muita contra-informação". Eduardo Catroga elogia, porém, "o objectivo de obter saldo primário positivo pela primeira vez desde há muitos anos. Até a Grécia o vai ter.
O Governo vai entregar hoje - data limite imposta por lei - a entrega no Parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2014, com as medidas para tentar reduzir o défice até aos 4% acordados com a 'troika', o que obrigará a um aperto orçamental próximo dos 2,5 mil milhões de euros.
ELES COMEÇAM A FUGIR. O DESASTRE ESTÁ PRÓXIMO.
Sem comentários:
Enviar um comentário