quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Judiciária em greve contra a falta de condições de trabalho

Inspetores lançam grito de alerta contra a falta de condições de trabalho na Judiciária. Em 2014, pelas contas do Expresso, só há dinheiro para comprar combustível até março.
Carlos Abreu
Carlos Garcia: "Tudo isto é velho. Computadores, carros..." José Sena Goulão/LusaCarlos Garcia: "Tudo isto é velho. Computadores, carros..."
Hoje, a partir das 18h, não haverá um único inspetor da Polícia Judiciária de prevenção, disponível para responder a qualquer ocorrência para além do seu horário normal de trabalho, garante ao Expresso o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ).
Desde o dia 21 que os inspetores estão em greve, mas só a partir de hoje às 18h atingirá os serviços de prevenção. Aconteça o que acontecer, só estarão disponíveis dez pessoas no piquete de urgência.
"Uma brigada que esteja a investigar uma rede de tráfico de droga e saiba que vai ser feita uma entrega, esta noite não irá ao encontro dos traficantes", exemplifica, em abstrato, Carlos Garcia.
Os inspetores da Judiciária lutam, acima de tudo, por melhores condições de trabalho sem as quais, garante o presidente ASFIC/PJ, não é possível continuar a desenvolver as missões que lhes estão atribuídas. "Tudo isto é velho. Computadores, carros", desabafa Carlos Garcia.

Combustível esgota a 28 de março 2014


O combustível e os lubrificantes para os carros sofreu um corte de 77% no orçamento do Estado para 2014. Pelas contas do Expresso, os 426.250 euros inscritos na proposta entregue no Parlamento, esgotar-se-ão a 28 de março do próximo ano.
Com efeito, se em 2014 a Judiciária gastar por dia tanto combustível como gastou em 2012, isto é, cerca de 4800 euros, o montante orçamentado só permitirá abastecer os carros durante 87 dias.
Segundo a Conta Geral do Estado, em 2012, o Ministério da Justiça começou por estimar a despesa com combustíveis em 1,5 milhões de euros, mas viu-se obrigado a reforçar a verba adicionando mais 590 mil euros. No ano passado, a PJ declarou ter gasto em combustível e lubrificantes 1,7 milhões 
 
MAIS UMA POSIÇÃO SENHOR PR. 


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