sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) considera que o vice-primeiro-ministro “mentiu”, ao afirmar na quinta-feira que a contribuição especial sobre as pensões, que ficou conhecida como a TSU, não avançará no próximo ano.
“O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse que acabava com a TSU dos pensionistas e o que nós dizemos é que o senhor Ministro mente. A TSU não acaba, porque se mantém e contínua em cima da mesa a TSU para os pensionistas da Administração Pública”, declarou nesta sexta-feira à Lusa a vice-presidente do STE, Helena Rodrigues.
A sindicalista reagia assim à conferência de imprensa de quinta-feira do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sobre as 8.º e 9.ª avaliações da troika.
A chamada TSU das pensões não avançará”, garantiu Paulo Portas, dizendo logo de seguida que isso não quer dizer que a convergência entre os regimes de pensões da Caixa Geral de Aposentações e o regime geral de pensões tenha caído também.
À excepção da TSU dos pensionistas, vão manter-se as restantes medidas anunciadas em Maio pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que na altura anunciou que pretendia cortar quase 4800 milhões de euros na despesa pública até 2014. Para o próximo ano, mantém-se igualmente a sobretaxa de 3,5% em sede de IRS.
Helena Rodrigues considera que “fica tudo na mesma” e que os trabalhadores da Administração Pública “vão continuar a pagar uma factura”.
“Vão continuar os cortes nas remunerações da Administração Pública. Já percebemos e há muito que sabemos que o Governo, para resolver os problemas do défice, tem como preferência [...] os cidadãos em geral, ou seja, os trabalhadores por conta de outrem, na sua generalidade, mas também os da administração pública, que vão continuar a pagar a factura”, vincou.
Entre as medidas acordadas nas 8.ª e 9.ª avaliações da troika e que estarão contempladas no próximo Orçamento do Estado, Paulo Portas destacou uma contenção suplementar das despesas dos Ministérios equivalente a 0,3% da despesa primária, a redução das rendas aos produtores de energia ou a concessão dos portos e do jogo online.
Portugal deverá receber em Novembro uma nova tranche de 5600 milhões de euros na sequência da nota positiva dada pela troika no final da oitava e nona avaliações regulares ao programa de assistência.
Na conferência de imprensa, os ministros remeteram o detalhe das medidas que permitirão baixar o défice de 5,5 para 4% para a apresentação do Orçamento do Estado para o próximo ano, o que deverá acontecer a 15 de Outubro.

PORTAS NÃO MUDA. DIZ E DESDIZ COM GRANDE LATA.

Sem comentários: