quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Enrico Letta vai apresentar amanhã a sua demissão, depois de o seu próprio partido lhe ter voltado as costas para garantir que Matteo Renzi assuma a liderança do Executivo.
O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, anunciou hoje que irá entregar amanhã a sua demissão ao presidente Giorgio Napolitano, abrindo assim o caminho para que o secretário-geral do seu Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, se torne no novo primeiro-ministro do país.
A decisão do chefe do governo surgiu exactamente um minuto depois da liderança do PD - que é o maior partido da coligação governamental - ter aprovado, com 136 votos a favor, 16 contra e duas abstenções, que a Itália "necessita de um novo governo" que consiga levar a cabo as reformas de que o país necessita até 2018.
A queda de Letta, nomeado primeiro-ministro em Abril de 2013 devido à incapacidade dos principais partidos políticos italianos em se entenderem após as eleições legislativas, vem mostrar que os políticos italianos se digladiam sem piedade até dentro dos seus próprios colectivos, uma vez que agora o principal líder da oposição, o ex-primeiro-ministro Berlusconi - frequentemente apontado como a causa da instabilidade política do país - se encontrava relativamente enfraquecido, por ter sido condenado em tribunal por corrupção e abuso de menores.
Matteo Renzi, de apenas 39 anos de idade, tem vindo a pressionar Letta para se demitir desde que se tornou secretário-geral do PD em Dezembro, uma vez que, sendo este partido o maior do governo, é normal que seja o seu líder a ocupar o cargo de primeiro-ministro, e não um político nomeado devido a manobras de bastidores.
Embora ontem Letta se tenha recusado a deixar o cargo, afirmando ser "sereno" na tomada de decisões, hoje Renzi recorreu ao seu partido para retirar o apoio político ao primeiro-ministro, deixando-o sem espaço de manobra para se manter à frente do Executivo.

ASSIM VAI A EUROPA do neoliberalismo.


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